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Lisboa e Porto preparam subida da taxa turística

Vila Nova de Gaia e Figueira da Foz já avançaram com propostas de aumento. Lisboa e Porto admitem reavaliação do valor atual da taxa.

Várias autarquias estão a considerar aumentar as taxas turísticas para 2024, e Lisboa e Porto não fogem à regra.

Com crescimento constante e receitas recordes nestas taxas, que ultrapassaram os 20 milhões de euros, as cidades de Portugal estão a reavaliar as quantias cobradas aos visitantes.

Se a Câmara Municipal de Lisboa já manifestou a intenção de aumentar a taxa também confirmou recentemente que vai introduzir uma nova tributação para cruzeiros em 2024 que pode vir a gerar receitas adicionais de um milhão de euros.

Os turistas que quiserem entrar em Lisboa por meio de um cruzeiro terão de pagar 2€, a partir de abril do próximo ano, em cobrança feita pelos operadores dos navios, através de plataforma Janela Única Logística.

Enquanto a implementação da cobrança desta taxa foi sendo empurrada para segundo plano, em comparação, os turistas que se hospedam em estabelecimentos como hotéis e alojamentos locais (AL) já pagam uma taxa turística de 2 euros por noite, até um máximo de sete noites.

Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “não é compreensível, nem aceitável” que uns turistas paguem taxa e outros não, confessou ao Expresso em finais de outubro.

Da mesma forma, a Câmara Municipal do Porto tem planos para aumentar a tributação aplicada aos turistas que chegam a território nacional.

Fonte oficial da autarquia liderada por Rui Moreira confirmou ao Jornal de Negócios que está “em estudo a possibilidade de reavaliação do valor atual da taxa”, que também se situa atualmente nos 2€ por pessoa.

Outras cidades, como Vila Nova de Gaia e Figueira da Foz, já avançaram com propostas de aumento. Gaia — que atualmente cobra um euro e dois euros na época baixa e época alta, respetivamente — propõe uma taxa de 2,50€ o ano inteiro, enquanto a Figueira planeia aumentar a taxa no próximo verão.

Em Cascais, “ainda não há decisão”, mas tal como Mafra não exclui possíveis aumentos. Sintra já duplicou o valor da taxa em março deste ano — mas nem todas as autarquias querem fazer alterações — Óbidos, Coimbra e Braga não planeiam mudanças

Com mais de 26,3 milhões de hóspedes e 68,5 milhões de dormidas de janeiro a outubro de 2023, o turismo está a recuperar nesta fase pós-pandemia, e estes aumentos vêm responder ao maior fluxo.

ZAP //

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