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Linha de Fundo: Verde, Verdão e Ouro

Crónica ZAP - Linha de Fundo por Teófilo Fernando

Líder resistente, dragões de cabeça erguida, Benfica volta a sorrir. A Copa de Abel Ferreira. Ainda o ouro no atletismo, visto da Linha de Fundo.

Mais uma história com final feliz

  • Sporting CP (Pedro Gonçalves 22′, Coates 90+3′) 2 – 1 CD Santa Clara (Rui Costa 84′)

No acreditar esteve o ganho, mais uma vez. Tudo parecia bem encaminho para mais uma noite de missão cumprida, mas à base de serviços mínimos. Primeiro remate, leões em vantagem. Este leão não perdoa.

Responderam os açorianos de pronto, sendo capazes de provocar maior pressão e agressividade. Foi assim até ao intervalo e quase toda a segunda parte. A equipa leonina revelou dificuldade em ter bola, não conseguindo o desejado golo da tranquilidade. Faltou mais pujança ofensiva.

Aos 84 minutos Rui Costa, um dos mais ativos na formação insular, fez o empate, deixando o líder em alerta. Foi a partir deste momento que apareceu um Sporting mais felino, assumindo risco total na procura da vitória, aparecendo mais uma vez surgiu Coates a decidir. O capitão leonino, cada vez mais uma figura deste Sporting mais próximo da história, foi novamente decisivo e garantiu os três pontos. O golo escreve a história do jogo. Quando poucos acreditavam, o uruguaio voltou a fazer a diferença. Com este triunfo, o Sporting, que ainda não perdeu qualquer jogo na competição, conseguiu, pela primeira vez na sua história, completar invicto as primeiras 22 jornadas da I Liga.

Resultado castigador para o Santa Clara, mas das equipas mais interessantes da Liga portuguesa.

Acabou por ser premiada a eficácia e a crença da equipa de Alvalade. Rigorosa a defender, eficácia plena, são trunfos que ganham jogos… e importantes para vencer campeonatos. Estrelinha? Não só, mas também.

Champions chip

  • Gil Vicente FC 0 – 2 FC Porto (Matheus Uribe 7′, Sérgio Oliveira 60′)

Depois do duro golpe provocado pela derrota com o SC Braga, e consequente eliminação da Taça de Portugal, o Futebol Clube do Porto voltou a mostrar argumentos suficientes para regressar às vitórias. Determinante a excelente entrada em jogo.

Os dragões levaram o jogo muito a sério, foram amplamente dominadores, mostrando a habitual consistência, robustez e atitude. A equipa treinada por Sérgio Conceição apresentou-se concentrada, pressionando alto, encostando o Gil Vicente bem atrás.

O primeiro golo surgiu bem cedo, aos 7 minutos, num remate violento de Matheus Uribe, trazendo motivação e tranquilidade aos portistas. A formação de Barcelos não conseguia responder, sujeitando-se ao farto volume ofensivo dos dragões. Valeu o guarda-redes Denis a evitar um resultado mais castigador.

Ao intervalo, perante os problemas físicos apresentados por Pepe e Corona, o treinador dos azuis e brancos colocou Luis Díaz e Sarr em campo. No regresso ao jogo, ficou patente a tentativa de maior atrevimento da equipa da casa, apesar de apenas ter sido através de bolas paradas que fez chegar algum perigo à baliza de Marchesín. Do outro lado, à passagem dos 15 minutos da segunda parte… o momento do jogo: um grande golo de Sérgio Oliveira, num pontapé fortíssimo fora da área. O médio portista rubricou mais uma vistosa exibição.

Ficou resolvida a questão. Foi altura do FC Porto entrar em modo de gestão da vantagem. Vitória sem margem de reparo. Entrada no jogo a todo o gás, tranquilidade na etapa complementar.

Os dragões saíram de Barcelos com a confiança redobrada para o jogo desta terça-feira, em Turim, onde vai discutir com a Juventus o acesso aos quartos de final da Liga dos Campeões.

Plano de Recuperação e Resiliência

  • Belenenses SAD 0 – 3 SL Benfica (Seferović 55′, 58′ e Lucas Veríssimo 65′)

Depois de cinco jogos fora de casa sem triunfos, na Liga, a equipa de Jorge Jesus ganhou ao o Belenenses no Estádio Nacional, por 0-3. Seferović bisou, Lucas Veríssimo fez a estreia a marcar. Grimaldo – duas assistências – e Diogo Gonçalves – uma assistência – descobriram o caminho para um triunfo que devolveu sorrisos às águias.

O jogo no Jamor, a deixar novamente nota muito negativa para o relvado e deficiente iluminação, não teve muito brilho na primeira parte. A primeira parte do Benfica revelou problemas já vistos, deixando preocupação pelo jogo nada atrativo.

Após o intervalo o Benfica surgiu altivo, criativo e mais dinâmico. De rajada a equipa de Jorge Jesus resolveu a situação. Dois golos de Seferović em três minutos devolveram a confiança à formação da Luz, com a vantagem a ser ampliada por Lucas Veríssimo. Dez minutos demolidores. A vencer por três golos, o Benfica decidiu baixar o ritmo de jogo e Jesus aproveitou para gerir a equipa.

Determinante a entrada dos encarnadas, deixando o Belenenses sem argumentos. Segunda parte para esquecer da equipa de Petit. Apesar de um resultado vistoso, o Benfica soube dar a volta a algumas dificuldades, mostrando mais andamento. Finalmente a equipa encarnada teve 45 minutos convincentes, o suficiente para pôr fim a uma série que já mostrava sinais preocupantes. Agora é jogo a jogo, como referiu o técnico das águias.

Vitória bem conseguida do Benfica, trazendo para a segunda parte argumentos que permitiram à equipa anular o adversário, chegando aos golos com naturalidade, anulando por completo um Belenenses a quem o intervalo fez muito mal.

Para o Benfica, ainda a fazer muitas contas, o jogo demonstrou um claro sinal de retoma.
Os encarnados estão a um ponto do SC Braga, que joga esta terça-feira (SB Braga – Vitória SC, 21h45).

Números da Semana

  • 14,53 – Patrícia Mamona conquistou a medalha de ouro na prova do triplo salto dos Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta, que se disputam em Torun, Polónia, com um salto de 14,53 metros. Essa marca é também recorde nacional em pista coberta, superando os 14,44 que a atleta conseguira há dois anos, em Madrid. Mamona, de 32 anos, conseguiu a sua quarta medalha em grandes campeonatos, sempre no triplo: em 2016 foi campeã da Europa absoluta, depois de ter sido “prata” em 2012, e em 2017 foi vice-campeã em pista coberta.
  • 17,30 – Pedro Pablo Pichardo é o novo campeão europeu de pista coberta em triplo salto. Pichardo obteve logo 17,30 metros na primeira tentativa. Pedro Pablo Pichardo é o segundo português campeão europeu masculino de pista coberta no triplo salto, depois de Nélson Évora, que conquistou o ouro em 2015 e 2017. O saltador cubano de 27 anos naturalizado português deu o segundo ouro na competição a Portugal, depois da vitória de Auriol Dongmo no lançamento do peso.
  • 19,34 – Auriol Dongmo conquistou o título europeu de pista coberta ao vencer o concurso do lançamento do peso. O melhor lançamento da atleta portuguesa surgiu na quinta tentativa, com 19,34 metros. Depois de vários títulos africanos, ao serviço dos Camarões, a lançadora de 30 anos do Sporting, alcança a primeira grande conquista internacional por Portugal, menos de um ano depois de ter sido autorizada a competir pela seleção portuguesa.
  • 22 – Histórico! Pela primeira vez o Sporting CP está invicto na Liga portuguesa após 22 jornadas (18 vitória, 4 empates), batendo o record anterior de 1981/1982. Está superado o registo de 21 vitórias consecutivas de 1981/1982, que terminou com uma derrota precisamente na jornada 22, diante do Boavista, na altura a equipa leonina era treinada por Malcom Allison.
  • 4 – Pela quarta vez que o Sporting venceu neste campeonato com um golo da vitória apontado depois dos 90 minutos: Farense (Sporar), Benfica (Matheus Nunes), Gil Vicente (Coates) e Santa Clara (Coates).
  • 4 – Foi a quarta vez que Coates marca o golo da vitória do Sporting, a terceira nos descontos, a segunda esta época: 2017/18 CD Tondela – 90+9′, 2017/19 FC Porto (Taça) – 85′, 2020/21 Gil Vicente – 90+1′ min e 2020/21 Santa Clara – 90+3′.
  • 20 – 20.º golo de Pedro Gonçalves na Liga portuguesa , em 53 jogos: 5 pelo FC Famalicão, 15 pelo Sporting CP.
  • 2024 – O Sporting CP e Rúben Amorim acertaram a renovação do contrato do treinador, com a a extensão na duração, de 2023 para 2024, subindo a cláusula dos 20 para os 30 milhões de euros, e um salário perto dos 6 M€ a partir da próxima época.
  • 15 – Sérgio Oliveira fez o 15.º golo na temporada, soma mais golos em 2020/21 do que nas últimas quatro épocas (14 golos).
  • 11 – Silas de saída do Famalicão, Ivo Vieira é o sucessor. Milton Mendes abandonou o Marítimo, está por anunciar o substituto. A Liga chega às 11 mudanças de treinador ao final de 22 jornadas.
  • 38 – 38.ª final do Benfica na Taça de Portugal, conquistou a prova por 26 vezes, a última há quatro anos com direito a dobradinha de Rui Vitória.
  • 8 – Nos 10 últimos anos, o SC Braga atingiu 8 finais: (1 Liga Europa, 3 Taça de Portugal, 4 Taça da Liga).
  • 2 – Segunda final da temporada para os bracarenses da temporada, depois da Taça da Liga, o que é um feito histórico para os minhotos.
  • 19 – 19 anos depois, Carlos Carvalhal volta a qualificar uma equipa para a final da Taça , procurando conquistar o seu 1.º título na competição : 2002 (Leixões) e 2021 (SC Braga).
  • 10 – Jorge Jesus chega à 10.ª final de uma competição pelo Benfica. Conquistou 5 Taças da Liga e 1 Taça de Portugal.
  • 1 – É a primeira vez que há uma final entre SC Braga e Benfica numa Taça.
    O único jogo decisivo entre as duas equipas aconteceu em 2016 na final da Supertaça Cândido de Oliveira, com vitória das águias por 3-0.
  • 100 – Rúben Neves cumpriu o jogo 100 na Premier League (92 a titular, 11 golos).
  • 100 – Os dois golos apontados pelo Borussia Dortmund ao Bayern Munique permitiram a Erling Haaland alcançar a marca dos 100 golos na carreira.O avançado norueguês atingiu esta marca após 146 jogos e com apenas 20 anos e sete meses. Fez melhor, por exemplo, do que Kylian Mbappé (180 jogos; 20 anos e oito meses), Lionel Messi (210; 22 anos e três meses), Robert Lewandowski (216; 23 anos e três meses), Zlatan Ibrahimovic (245; 25 anos e dois meses) e do que Cristiano Ronaldo, que precisou de 301 jogos para chegar aos três dígitos de golos da carreira com 22 anos e onze meses. Neymar chegou mais novo ao golo 100 – 20 anos e um mês- mas atingiu a marca ao 184.º jogo, ainda quando jogava no Santos.
  • 5 – Depois de 68 jogos sem perder em casa no campeonato inglês (um recorde do clube), o Liverpool estabeleceu uma nova marca, esta negativa: pela 1.ª vez na história, sofreu 5 derrotas consecutivas em Anfield na Liga inglesa. Mais: o Liverpool não ganha em casa na Premier League há 7 jogos.
  • 300 – Marco Reus alcançou o jogo 300 pelo Borussia Dortmund (133 golos).
  • 100 – Aos 20 anos, Vinicius Júnior completou 100 jogos pelo Real Madrid (53 jogos a titular, 13 golos, 3 títulos).
  • 55 – 10 anos depois, o Rangers é novamente campeão: 55.º título do clube, mais 3 que o rival Celtic. Steven Gerrard conquistou o 1.º título da carreira de treinador.
  • 7 – A excelente desempenho de João Almeida (Deceuninck-Quick Step) no recente UAE Tour, nos Emirados Árabes Unidos, valeu-lhe a subida ao sétimo lugar do Ranking Mundial UCI. Ao finalizar em terceiro lugar na classificação geral da prova, o corredor português angariou 215 pontos, totalizando no ranking 1583.33 pontos a 2 de Março, dia em que foi atualizada a tabela da União Ciclista Internacional. No primeiro lugar do Ranking Mundial UCI surge o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), com 4237 pontos.
  • 311 – O sérvio Novak Djokovic bateu esta segunda-feira oficialmente o recorde de Roger Federer na liderança do ranking ATP, ao manter-se no topo durante 311 semanas, enquanto o português João Sousa conseguiu segurar o 100.º lugar da hierarquia mundial do ténis.

Frases da Semana

“Foi um concurso muito bom. Consegui estar na luta, na liderança, fui vendo elas fazerem os seus saltos, mas confesso que nem queria saber o que faziam. Só estava a saltar para ser a melhor. Eu só sabia que tinha de fazer melhor em cada momento. Sem dúvida, esta competição transformou-se numa grande lição de vida. E levo daqui mais determinação para uma época importante na minha carreira.” Patrícia Mamona, campeã da Europa do triplo salto.

“É importante levar a vitória na bagagem para casa. Depois de perder uma medalha em Doha, nos Mundiais, ganhar o ouro aqui significou muito, principalmente porque é uma forma de mostrar o reconhecimento pelo que Portugal fez por mim, de me dar a oportunidade de continuar a fazer o que quero, saltar, por isso estou muito grato por isso. Posso saltar mais longe, e esse é sempre o meu objetivo, ser o melhor que posso ser. Queria mesmo fazer um salto bem maior.” Pedro Pichardo, campeão da Europa do triplo salto.

“Olhei para ela a sueca Fanny Roos, medalha de prata após bater o recorde nacional com um lançamento de 19,29 metros, e para a marca, e disse para mim: Auriol, o primeiro é o teu lugar, não é de mais ninguém, e lancei com isso na minha mente.” Auriol Dogmo, campeã da Europa do lançamento do peso.

“As pessoas nem bom dia dizem, é: ‘é para ganhar!’. Só à terceira é que dizem bom dia. Já contei esta história, de que estava a fazer a minha corrida junto ao rio, onde faço normalmente. Passou um adepto do FC Porto com o filho, um menininho. E eu ia a correr e quando passei por ele, com ele a dez, quinze metros, disse: “ouve lá, ainda me deves um campeonato”. Para verem. Nós trabalhamos sempre para ganhar, acho que é visível, sente-se esse apoio, esse estar presente todos os dias na vida do clube. Os adeptos são assim e não necessitamos de uma força extra, porque eles já são uma força.” Sérgio Conceição, treinador do FC Porto.

“Foi arriscar, sim. Mas quem não arrisca não petisca. Vim mesmo para ganhar troféus, mas para isso precisei da ajuda dos jogadores que mais uma vez ajudaram-me. Não vibro muito com as vitórias. Isso é muito passageiro. É difícil de explicar, tenho uma sensação muito forte, mas logo a seguir passa. Não sei se toda gente sente o mesmo, é esquisito. Posso dizer que a sensação da derrota no Mundial ficou muito mais presente dentro em mim. Acima de tudo fica a sensação de dever cumprido, a sensação de fazer as pessoas que trabalham comigo felizes e quando eles estão felizes, eu estou feliz. O futebol deu-me tudo que tenho hoje. E é minha obrigação retribuir tudo o que o futebol me deu e me dá tentando ser melhor homem e melhor treinador possível para indicar o melhor caminho possível a esses jogadores, que esses sim têm sido os verdadeiros campeões. Quero agradecer a eles profundamente, hoje sou um melhor treinador graças a eles.” Abel Ferreira, treinador do Palmeiras.

“Nós temos uma ideia para o clube a longo prazo e fizemos esse acordo. Agora, para me mandarem embora, têm que pagar um bocadinho mais. É a única diferença que há no contrato. O foco passa pelo próximo jogo. Temos muito que fazer e por crescer. Agora temos mais certezas e sabemos melhor o caminho que temos de percorrer. Temos muito para fazer, daí assinar por mais anos. Sinto-me em casa, sempre o disse.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.

“O treinador Rúben Amorim é um treinador brilhante, leal e um homem com princípios. E estas qualidades para nós, são muito importantes, ainda mais quando é um treinador que lida com jovens, que lida com miúdos que ainda não estão formados como homens. Por isso, é extremamente importante ter um treinador que dá o exemplo, como ele dá. Por isso, é um dia muito feliz para o Sporting, pois estou convicto que é o homem certo para continuar, enquanto treinador, a fazer este clube crescer e ser cada vez mais competitivo.” Frederico Varandas, presidente do Sporting CP.

“Se eu tivesse um Paulo Futre na equipa de certeza que éramos candidatos ao título. Não temos: estamos a criá-los, mas não como o Futre, que houve poucos como ele. Se tivéssemos o Futre, éramos candidatos. Até lá, somos candidatos a vencer o Tondela e depois logo se vê.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.

“Não acho que seja uma equipa fora de série. Temos sido muito competentes, mas lembro-me de o Sporting ter tido equipas muito mais fortes do que nós somos. Mas muito mais fortes! Lembro-me do 6-3. Não estaria do lado certo, digamos assim. A equipa era o Paulo Sousa, o Figo, e o Balakov. Nesta equipa que passámos agora, jogavam o Manuel Fernandes, o Jordão e o António Oliveira na frente. Acho que não há comparação. Gosto muito dos meus jogadores e não os trocava por nada. Mas da mesma forma em que os treinadores dessas equipas eram melhores, os jogadores dessas alturas eram melhores. Os nossos podem crescer, chegar a um patamar muito elevado e há muito talento. Agora, em termos de equipa não temos a qualidade que essas equipas tinham. Há que encará-lo com naturalidade.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.

“O Waldschmidt é um jovem, ainda lhe falta conhecer muito sobre o futebol português mas também dos momentos do jogo. Só fala inglês e já percebi que ele não percebe o que eu digo e passo durante os treinos e que é normalmente em português.” Jorge Jesus, treinador do SL Benfica.

“Eu e Jesus falamos um misto de inglês e português. Estamos bem. Jesus mostra muita emoção.” Luca Waldschmidt, jogador do SL Benfica.

“Não tenho palavras para os meus jogadores, têm sido fantásticos. Encaramos cada jogo como se fosse o último. Não tenho mais palavras para eles. Fizemos um jogo brilhante, marcámos três golos e tivemos uma bola na barra. Fizemos uma exibição realmente boa a jogar no campo todo e estávamos a justificar o que estávamos a ter. Os jogadores foram estóicos.Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, sobre a qualificação para a Final da Taça de Portugal.

“Quereremos ganhar a Taça, já que estamos apurados para a final. Em relação ao campeonato, é muito difícil perspetivar. Terá de ser jogo a jogo. Há muitas equipas perto e podemos baixar. Vamos tentar manter a nossa posição, mas sabendo que é extremamente difícil.” Rui Casaca, diretor-geral da SAD do SC Braga.

“Entrámos muito mal no jogo e não de acordo com o que é a imagem da equipa. Os erros individuais penalizaram a equipa. Tivemos uma entrada horrível e tudo correu bem ao SC Braga. Vamos olhar para este jogo, lembrá-lo e não vamos levantar a cabeça, vamos baixá-la e pensar no que não correu bem. Pela nossa entrada, o SC Braga mereceu, há que dar os parabéns.” Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, depois ter sido afastado nas meias-finais da Taça de Portugal.

“25 minutos horríveis da nossa parte. Não é isso que o treinador pede. Nós, jogadores, somos responsáveis, já foi assim contra o Boavista.. Em casa estamos a facilitar muito como grupo. Foi horrível. O que fizemos hoje nos primeiros 25 minutos foi horrível. Depois tentámos honrar o que é estar no FC Porto, mas não chega. Temos de entrar mais forte, ser mais coesos, para não cometer esses erros infantis da primeira parte.” Pepe, jogador do FC Porto, após a eliminação na Taça de Portugal.

“Não hoje, mas sempre disse que, para mim, as melhores equipas são as que estão em primeiro lugar. Neste momento quem está em primeiro é o Sporting. O melhor é sempre o que está em primeiro, pela classificação. Quem é a melhor equipa da Taça? É o Benfica e o Braga que vão jogar afinal, mas no campeonato, é o Sporting, está em primeiro.” Jorge Jesus, treinador do SL Benfica.

“Simulámos o barulho normal dos jogos nos treinos, para estimular a concentração. Até fizemos jogos entre nós, à porta fechada e com som ambiente. Foi a forma que encontrámos para lidar, na altura, com algo fora do normal e combater os erros que vimos em Ligas que retomaram antes da nossa, como a alemã.” Pepa, treinador do Paços de Ferreira FC.

“Desde que haja condições de total responsabilidade, defenderei a presença de público nos espetáculos desportivos. Reconhecendo algumas diferenças em relação a outros espetáculos, reconheço também a capacidade que o sector tem de garantir essa segurança. O futebol e os agentes desportivos já demonstraram e seguramente demonstrarão total responsabilidade e competência para garantir público nos estádios, o qual é essencial para os clubes grandes e pequenos.” João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

“Continua a ser incompreensível o esquecimento a que o Desporto, aparentemente, foi sujeito no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.” Pedro Proença, presidente da Liga Portugal.

“Se me perguntar que equipa quero que vença a Liga Europa vou dizer Arsenal porque estão lá dois jogadores que tiveram comigo e que são o David Luiz e o Pablo Marí. O Flamengo é a mesma coisa. É uma equipa onde deixei jogadores amigos e nós queremos sempre o bem dos amigos. Fiquei feliz que eles tivessem ganho o título.” Jorge Jesus, treinador do Benfica.

“Acho que o fantasma do Jorge Jesus vai ficar aqui por muito tempo. Não só com o Rogério Ceni, no dia que tivermos outro treinador também. Quando se pergunta ao Jorge Jesus e se há a possibilidade de ele voltar, eu até acho que há.” Marcos Braz, vice-presidente do Flamengo.

“É um central que lidera a linha defensiva e, com isso, ajuda os outros a tomar boas decisões – e é isso que acontece quando te tornas um incrível defesa-central. O Rúben Dias não joga apenas a pensar em si próprio, na sua área, mas também em quem está à direita e à esquerda. O mesmo acontece em relação aos médios. Ele torna melhores os seus companheiros de equipa, algo que é muito difícil de encontrar no mundo do futebol.” Pep Guardiola, treinador do Manchester City.

“Quando era criança ver a Premier League era o meu sonho ao fim-de-semana. Vi muitos jogos de Vidic, Kompany, John Terry, a lista é infinita… Aprendi muito com aquilo que ouvia e via. Só ao assistir comecei a perceber a liga inglesa e a forma como jogam. A principal diferença para os restantes campeonatos é a competitividade. A dificuldade é sempre elevada em cada jogo e é isso que faz com que seja diferente das restantes.” Rúben Dias, jogador do Manchester City.

“Gostava de saber quem inventou esse ranking… Ridículo! Ronaldo não ultrapassou ninguém, Pelé tem 1225 golos marcados em jogos oficiais, ponto final. Estes números são criados para agradar a alguém. Ronaldo não ultrapassou Pelé, nem nunca o fará. Ronaldo não atingiu os golos de Pelé e nunca vai atingir o nível do Rei. Aliás, Ronaldo não vai atingir o nível do Rei, assim como de Maradona e Messi. Eles são os maiores da história do futebol.” José João Altafini, antigo internacional brasileiro.

“A saída de Cristiano Ronaldo permitiu-se desempenhar um papel diferente. Ele marcava 50 golos por época e eu tinha que adaptar-me ao estilo de jogo dele. É um dos melhores do Mundo e eu era feliz a seu lado.” Benzema, jogador do Real Madrid.

“Tenho um sorriso maroto porque fizemos 100 golos esta época e somos uma equipa defensiva… foi uma boa semana para nós, três jogos, 9 pontos, nenhuma lesão e temos jogadores prontos para regressar à equipa. Estamos num momento positivo.” José Mourinho, treinador do Tottenham.

“Foi muito bonito ver Messi a votar. É mais uma prova de que ama o Barça e estou convencido de que quer ficar.” Joan Laporta, novo presidente do Barcelona.

“Em um ano e meio, aprendi a sentir esta cidade e o amor que os seus cidadãos têm pelo seu clube. No vulcão Velódrome, estremeci com vocês para comemorar cada golo e cada vitória. Fazer parte da história deste clube é uma estrela no pedigree de um treinador. Esta estrela é única em França. A todos os meus jogadores e à equipe do OM, obrigado por suor e esforço. Estamos ligados um ao outro emocionalmente e sentirei muito a vossa falta. Desejo a cada um de vocês o melhor profissional e pessoalmente. Com a tristeza de não poder mais vos abraçar, mas com o incentivo e a empatia que temos um pelos outros e por saber que em breve estaremos juntos novamente. Saudade é uma palavra portuguesa. Forte, visceral, ligada às raízes. Reflete o nosso choro por algo que perdemos, um pedaço de nós mesmos que deixamos para trás. Não há saudade sem regresso… Olympique de Marseille até logo.” André Villas-Boas, mensagem de despedida ao Marselha. O Olympique de Marseille anunciou a rescisão contratual de André Villas-Boas, treinador que estava formalmente suspenso pelo clube desde o dia 2 de fevereiro, na sequência de “comentários inaceitáveis” e “repetidas atitudes que prejudicam a instituição”, de acordo com o comunicado então emitido pelo clube francês.

“Quando cheguei aqui ao Brasil, fiquei espantado. Quando cheguei aqui vi que, de facto, as regras tinham de ser mais rígidas. Assusta a quantidade de mortos. Eu sou apaixonado pelo futebol, mas futebol sem vida não é nada. O que posso dizer é que sejamos responsáveis. Assusta quando ligo a televisão e vejo as notícias, os hospitais lotados. Temos que esquecer o clubismo, a rivalidade, e lutar por uma causa. A covid é um rival que não tem dó, que mata.” Abel Ferreira, treinador do Palmeiras.

“Durante os últimos dois anos tinha o que tinha em Madrid. Perguntem-lhes. Talvez se te responderem possas entender melhor por que tardou tanto a alcançar este nível. Talvez ser paciente foi a principal razão para que Gareth Bale alcançasse este nível que mostrou nas duas últimas semanas.” José Mourinho, treinador do Tottenham.

“É uma enorme desilusão. Ainda nada está decidido, mas nem podemos falar disso, quando perdemos tantos jogos, não temos o direito de ir à Liga dos Campeões.” Jurgen Klopp, treinador do Liverpool.

“Mbappé será um dos melhores do mundo. No PSG ou no Real Madrid. Se vai ganhar várias Bolas de Ouro? É o que desejo. Ele não deve impor limites. Tal como já disse no passado, existem semelhanças entre Mbappé e Pelé: Pelé jogou quatro mundiais e venceu três; Mbappé tem 22 anos, jogou um e venceu um. A seleção francesa, que foi campeã do Mundo com gente jovem e com margem, tem tudo para lutar pelo próximo Mundial.” Arsène Wenger, treinador de futebol.

“Os últimos jogos do Riyad Mahrez foram fantásticos. Ele jogou muito bem, tem uma qualidade especial. Dança em campo, não perde bolas. Ele faz o passe extra, atrai os adversários e faz passes verticais. Faz cruzamentos fantásticos. Nós sabíamos disso. No Leicester, ele destacou-se juntamente com Jamie Vardy. É por isso que fomos atrás dele. Esperamos que possa continuar assim.” Pep Guardiola, treinador do Manchester City.

Treinador da Semana: Abel o “conquistador”

4 meses, 123 dias, 37 jogos, 2 títulos! Chegou ao Brasil no dia 30 de outubro de 2020. Fez o primeiro jogo a 5 de novembro. Passados pouco mais de quatro meses, a 7 de março, o treinador português Abel Ferreira conquistou o seu segundo troféu como técnico do Palmeiras. Depois da Libertadores, a Taça do Brasil, na final ganha ao Grémio. O “Verdão” está em festa.

O treinador português Abel Ferreira, de 42 anos, tornou-se o primeiro técnico estrangeiro a conquistar a Taça do Brasil. Já tinha sido, com a chegada à final, o segundo treinador não brasileiro a conseguir estar presente na decisão da prova, depois de Reinaldo Rueda. O colombiano chegou à final como treinador do Flamengo, em 2017, na decisão perdida para o Cruzeiro, então orientado por Mano Menezes. Na história da Taça do Brasil, desde 1989, Abel Ferreira em destaque num feito inédito. O Palmeiras venceu o Grémio na final da prova, tendo juntado, no passado domingo, a vitória por 2-0 na segunda mão ao triunfo por 1-0 conseguido na primeira mão.

Abel Ferreira, começou a carreira de treinador nos juniores do Sporting e passou pela equipa B dos leões, seguiu-se o SC Braga – equipa B e a principal – surgiu o PAOK da Grécia, antes da primeira experiência fora da Europa, sendo o Brasil o destino. Em 37 jogos, são 18 vitórias, dez empates e nove derrotas. E 2 títulos conquistados. 36 dias depois de conquistar a Libertadores, Abel Ferreira ganhou a Taça do Brasil. 2021. Aos 42 anos e há quatro meses no Brasil, Abel Ferreira já fez história no Palmeiras.

Momento da Semana: Citius, Altius, Fortius

Demonstrações categóricas. Um lançamento de raça. Dois voos de rara beleza. Portugal, com três títulos nos Europeus de atletismo de pista coberta de Torun, na Polónia, fechando a edição com um inédito segundo lugar no quadro de medalhas, logo atrás de Holanda, que obteve quatro ouros.

O triplo sucesso português na Polónia, através de Auriol Dongmo, Patrícia Mamona e Pedro Pichardo, é mesmo o melhor registo de sempre da seleção lusa, que só tinha tido duas vitórias por uma ocasião, em 1996, em Estocolmo.

Os triunfos de Patrícia Mamona e Pedro Pichardo nas finais de triplo salto dos Europeus de atletismo em pista coberta elevam para 10 o total de medalhas conquistadas por Portugal neste setor, em todas as edições.

Juntando estes triunfos ao ouro de Auriol Dongmo no lançamento do peso, na sexta-feira, o historial luso chega às 26 medalhas já conquistadas, a maioria de ouro. A melhor prestação de sempre – nunca Portugal tivera três triunfos – reforça a maioria de medalhas de ouro, que passa a 15, contra nove de prata e somente duas de bronze.

Para a história fica o lançamento do peso de Auriol Dongmo, e os voos de Patrícia Mamona e Pedro Pichardo.

Auriol Dongmo conquistou o título europeu de pista coberta ao vencer o concurso do lançamento do peso. O melhor lançamento da atleta portuguesa surgiu na quinta tentativa, com 19,34 metros. Depois de vários títulos africanos, ao serviço dos Camarões, a lançadora de 30 anos do Sporting, alcança a primeira grande conquista internacional por Portugal, menos de um ano depois de ter sido autorizada a competir pela seleção portuguesa.

Patrícia Mamona conquistou a medalha de ouro na prova do triplo salto dos Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta, que se disputam em Torun, Polónia, com um salto de 14,53 metros. Essa marca é também recorde nacional em pista coberta, superando os 14,44 que a atleta conseguira há dois anos, em Madrid. Mamona, de 32 anos, conseguiu a sua quarta medalha em grandes campeonatos, sempre no triplo: em 2016 foi campeã da Europa absoluta, depois de ter sido “prata” em 2012, e em 2017 foi vice-campeã em pista coberta.

Pedro Pablo Pichardo é o novo campeão europeu de pista coberta em triplo salto. Pichardo obteve logo 17,30 metros na primeira tentativa. Pedro Pablo Pichardo é o segundo português campeão europeu masculino de pista coberta no triplo salto, depois de Nélson Évora, que conquistou o ouro em 2015 e 2017. O saltador cubano de 27 anos naturalizado português deu o segundo ouro na competição a Portugal, depois da vitória de Auriol Dongmo no lançamento do peso.

Conquistas de ouro que eleva para 26 o número de medalhas alcançadas por Portugal em todas as edições dos campeonatos. Merecedor de um enorme aplauso.

Ouro (15):
2021: Pedro Pichardo, Auriol Dongmo, Patrícia Mamona
2017: Nélson Évora
2015: Nélson Évora
2013: Sara Moreira
2011: Francis Obikwelu
2009: Rui Silva
2007: Naide Gomes
2005: Naide Gomes
2002: Rui Silva
1998: Rui Silva
1996: Carla Sacramento
1996: Fernanda Ribeiro
1994: Fernanda Ribeiro

Prata (9):
2019: Nelson Évora
2017: Patrícia Mamona
2011: Naide Gomes
2009: Sara Moreira
2002: Carla Sacramento
2002: Naide Gomes
2000: Rui Silva
1998: Fernanda Ribeiro
1998: Carlos Calado

Bronze (2):
1994: Carla Sacramento
1986: João Campos

Teófilo Fernando, ZAP //

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