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Fundador da Uber cria companhia aérea de luxo para ricos irem de férias durante a pandemia

O fundador da Uber criou uma companhia aérea de luxo para que ricos possam ir de férias durante a pandemia de covid-19. A empresa garante que os seus voos são 100% seguros.

Em plena pandemia de covid-19, as autoridades de saúde continuam a pedir restrições mais duras em viagens não essenciais. Enquanto isso, o fundador da Uber, Garrett Camp, criou a Aero, uma companhia aérea de luxo semi-privada para que ricos possam contornar estas restrições e tirar umas férias como se nada fosse.

Na semana passada, escreve a VICE, a Aero fez o seu primeiro voo entre Los Angeles e Aspen, no Colorado, uma cidade turística famosa pelas suas estâncias de esqui. Nos próximos meses, a companhia aérea planeia incluir destinos estrangeiros no seu leque de opções.

A Aero dedica-se unicamente a viagens de lazer e conta com uma pequena frota de aviões que ostentam “interiores luxuosos” com paredes de camurça, “iluminação sofisticada” e assentos de couro italiano costurados à mão.

“Acontece que podemos ter construído o produto perfeito para a covid”, disse a CEO, Uma Subramanian, em declarações à VICE. “Claro que pensamos em adiar, mas na verdade dissemos que este é o melhor momento para fazer algo novo”.

A CEO garante que a segurança sanitária não está a ser descurada e que os seus aviões oferecem “viagens livres de covid”. Os assentos têm um espaçamento de cerca de dois metros entre si e são em fila única, permitindo 16 passageiros por avião. Todos são obrigados a fazer um teste à covid-19 antes do voo e usar uma máscara durante toda a viagem.

Nem todos concordam com essa alegação. Kelley Lee, professora de saúde pública na Universidade Simon Fraser, disse que não há maneira segura de viajar nesta fase da pandemia, especialmente com novas variantes a surgirem.

“Estamos todos fartos. Todos nós queremos ir para o Havai e deitar na praia. Eu entendo isso, porque estamos há um ano e continuamos a dizer-nos o que não podemos fazer”, disse Lee. “Realmente não é hora de movimentar pessoas. Se pudermos ficar o mais perto possível de casa, é assim que vamos superar esta pandemia”.

Além disso, os testes não são 100% fiáveis, porque uma pessoa pode “ser muito infecciosa”, mas ter o vírus numa quantidade pequena demais para ser detetada num teste.

Daniel Costa, ZAP //

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