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Liderança do PSD. Cenário de segunda volta ganha força

João Relvas / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

À medida que se aproximam as eleições internas no PSD e que os respetivos candidatos vão recebendo apoios públicos de outras figuras da esfera política, o cenário de uma segunda volta vai ganhando força.

Esta segunda volta seria disputada entre os dois candidatos mais votados a 11 de janeiro: o atual líder do PSD, Rui Rio, e o antigo líder parlamentar de Pedro Passos Coelho Luís Montenegro, conforme escreve o semanário Expresso que analisa a situação.

Rio parece levar vantagem na corrida à liderança do PSD no grupo das 15 estruturas com mais militantes do partido, contando com “bastiões” no Porto (Gaia, Vila Verde, Maia, Gondomar e Trofa), a sua terra natal. Estas regiões juntas conseguem atingir cerca de 5 mil votos, num universo de 40 mil.

Montenegro também conta espingardas: deverá ter do seu lado Famalicão, a segunda maior estrutura do país, Barcelos e Caldas da Rainha. Contas feitas, são mais de 3.000 votos em jogo nas diretas de janeiro.

Já o vice da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, que também esta na corrida pela cadeira de Rio, deverá disputar outros 3 mil votos graças ao eixo Lisboa-Oeiras-Cascais. Estes votos, nota o Expresso, serão complicados de garantir noutras áreas do país.

Por tudo isto, o cenário de uma eventual segunda volta parece ganhar mais força. Contudo, frisa o Expresso, o contagem de espingardas é um exercício “sempre especulativo”, comportando um grau de incerteza.

Nas 15 maiores estruturas sociais democratas do país, importa recordar, há três que reúnem mais de 2.000 votos e cujos desfecho é desconhecido. Em causa está Santa Maria da Feira (896 militantes), Coimbra (694) e Braga (615).

Rio e Montenegro confiantes

Os apoiantes de Rui Rio acreditam numa vitória à primeira volta, confiando ser possível assegurar a liderança do partido já a 11 de janeiro.

Sabe o Expresso que a candidatura confia nos seus apoios, bem como no chamado voto livre (não depende dos caciques locais) que vai estar em força com Rui Rio. Ao todo e no pior dos cenários, acreditam que vão reunir pelo menos 40% dos votos.

Do lado de Luís Montenegro também há boas expectativas: acreditam que vão ganhar – e por muito. A confiança neste cenário foi já reiterada pelo próprio candidato.

“Com todas estas manifestações de apoio, estou convencido de que nós temos todas as condições para ganhar com expressão esta eleição e ganhar à primeira volta, e é com esse objetivo que eu vou lutar até ao último segundo por cada voto de cada militante”, afirmou Luís Montenegro no início de dezembro, antes de participar numa reunião com militantes em Bragança.

 

A entrega das candidaturas termina a 30 de dezembro, sendo, para já, conhecidos três candidatos: Rui Rio, Luis Montenegro e Miguel Pinto Luz.

As eleições diretas para a liderança do PSD disputam-se em 11 de janeiro – com uma eventual segunda volta uma semana depois –, estando o Congresso do PSD previsto para 7 a 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

ZAP //

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