Versão do exército israelita, que diz que matou Osama Mazini, um dos líderes do grupo. Irão deixa aviso para as próximas horas.
O exército israelita disse hoje que matou um dos líderes do Hamas, Osama Mazini, chefe do Conselho da Shura, o mais alto órgão de decisão política do movimento islamita palestiniano, num bombardeamento em Gaza.
Numa declaração conjunta com a Agência de Segurança de Israel, o exército salientou que Mazini era responsável pela negociação de reféns do Hamas e “dirigia atividades terroristas contra Israel”.
O exército divulgou um vídeo que mostra o momento em que o edifício onde Mazini alegadamente se encontrava, na Faixa de Gaza, foi bombardeado.
Num comunicado separado, o exército informou que atingiu vários alvos do Hamas nas últimas horas, tendo bombardeado um quartel-general do movimento islamita palestiniano e abatido um operacional militar.
Os israelitas atacaram ainda um banco alegadamente utilizado pelo Hamas para financiar as suas atividades.
Israel bombardeia Gaza há 11 dias, na sequência de um ataque surpresa do Hamas contra alvos israelitas, a 07 de outubro, que causou mais de 1.400 mortos.
Mais de 2.800 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos na Faixa de Gaza, mas o número pode ter aumentado após os ataques aéreos de segunda-feira à noite.
“Ação preventiva” nas próximas horas
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian, alertou para uma possível “ação preventiva” nas próximas horas por parte de grupos de “resistência” contra Israel se os ataques em Gaza continuarem.
“Uma possível ação preventiva por parte da resistência é esperada nas próximas horas”, disse Abdolahian na televisão estatal iraniana, na noite de segunda-feira.
O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal liderada pelo Irão e composta por organizações militantes islamitas como o movimento xiita libanês Hezbollah, o movimento palestiniano Hamas e a Jihad Islâmica.
O chefe da diplomacia iraniana garantiu que os “líderes da resistência não permitirão que o regime sionista faça o que quiser em Gaza” e sublinhou que têm “a capacidade de travar uma longa guerra com o inimigo”.
O líder do Hezbollah “disse que se não tomarem medidas preventivas, terão que lutar contra as forças sionistas em Beirute”, capital do Líbano, disse Abdolahian, que se encontrou com Hassan Nasrallah há alguns dias.
O Irão alertou em várias ocasiões que se o bombardeamento e o cerco de Israel à Faixa de Gaza continuarem, poderão surgir outras frentes no conflito.
Hosein Amir Abdolahian já tinha anteriormente dito que “o tempo para soluções políticas está a esgotar-se; o provável alargamento da guerra a outras frentes está a tornar-se inevitável”.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha avisado o Irão e o Hezbollah para não colocarem à prova o exército de Israel no norte do país.
Armas para civis
A polícia israelita anunciou que vai começar a armar civis para acelerar a resposta a possíveis atentados e situações de crise nas cidades do país, no décimo dia de guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
O chefe da polícia, Kobi Shabtai, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, “decidiram alargar a todas as cidades as unidades de intervenção de emergência que operam sob os auspícios da polícia”, informa segundo um comunicado conjunto.
As “347 novas unidades” serão constituídas por “13.200 civis que se voluntariam para se juntar à polícia, que serão inscritos e receberão uma espingarda e equipamento de proteção”, segundo a mesma fonte.
Há anos que as localidades fronteiriças de Israel dispõem de unidades deste tipo, constituídas por veteranos do exército que recebem armas e formação e atuam em caso de ataques ou emergências em coordenação com o exército ou a polícia.
Nos dias que se seguiram ao atentado do dia 7, a polícia comprou mais de 6.000 espingardas para 566 novas unidades de intervenção civil que criou, refere o comunicado, com prioridade para as “cidades fronteiriças, grandes cidades e cidades mistas (árabes e judaicas)”, que necessitam urgentemente destas forças.
Para além das novas unidades, o gabinete de Ben Gvir está a trabalhar no sentido de flexibilizar os critérios para a obtenção de licenças de porte de arma, de modo a que as pessoas com formação militar básica que vivam ou trabalhem em zonas de conflito possam ter armas.
A sessão parlamentar de domingo à noite, que aprovou estas novas diretivas, revelou que, desde 7 de outubro, cerca de 41.000 israelitas solicitaram uma licença de porte de arma, um número que ultrapassa em muito os 38.000 pedidos anuais.
Falha nas ‘secretas’
O diretor da agência de segurança nacional israelita, Ronen Bar, assumiu a responsabilidade pelo fracasso dos serviços secretos em antecipar o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas, que causou a morte a mais de 1.400 pessoas em Israel.
Numa nota enviada aos membros da agência e publicada pelos meios de comunicação social israelitas, Ronen Bar admitiu que, apesar de “uma série de ações levadas a cabo”, estas não foram capazes de “gerar aviso suficiente para impedir o ataque”.
“Como alguém que lidera a organização, a responsabilidade é minha”, reconheceu Bar, que indicou que “haverá tempo para investigações”.
“Agora estamos a lutar”, garantiu o líder do Shin Bet.
O Hamas conseguiu contornar o aparelho de inteligência de Israel, com uma operação em que atacou por terra, mar e ar, sendo que este golpe que representa o maior fracasso militar da história do Estado israelita.
Num país com o Exército mais forte do Médio Oriente e as tecnologias de controlo mais avançadas do mundo, ver militantes palestinianos matarem e capturarem soldados, derrubarem a barreira de separação ou contornarem sensores de segurança sem resistência foi um pesadelo que se tornou realidade para os israelitas.
Entre os erros apontados estão falhas graves dos serviços secretos ou à falta de pessoal militar.
Segundo os ‘media’ do país, horas antes do ataque de 07 de outubro, a defesa israelita identificou um movimento inusitado na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, que motivou telefonemas entre altos funcionários, que no entanto ignoraram estes indícios.
Bar, segundo esta informação, dirigiu-se à sede do Shin Bet e determinou o envio de uma pequena equipa para a fronteira com Gaza, pensando que seria um ataque de pequena escala.
Pelo menos dez membros do Shin Bet morreram naquele dia, indicou a agência de inteligência.
// Lusa
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Porque o Irão não aceita os gazas no seu país e lhes dá uma parte do Irão como nova Gaza? Dá mesma forma que o Iraque, Siria, Egipto,, Paquistão… não o fazem. Porque o Hamas são uns vira casacas e mordem na mão de quem lhes alimenta e os engorda.
Este já está a desfrutar das 72 virgens.