A decisão do processo de Tancos foi adiada de 11 para 28 de outubro, após o tribunal ter decidido que havia uma alteração não substancial dos factos, disse à agência Lusa, esta quarta-feira, fonte da defesa de um dos arguidos.
A leitura do acórdão do processo do furto e recuperação das armas do paiol de Tancos, que envolve 23 arguidos, incluindo o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, estava prevista para a próxima segunda-feira, no Tribunal de Santarém.
O Ministério Público (MP) acusou Azeredo Lopes de abuso de poder, favorecimento pessoal e denegação de justiça e prevaricação, mas pediu nas alegações finais a absolvição do antigo ministro.
Para os ex-elementos da Polícia Judiciária Militar (PJM) Vasco Brazão e para o ex-diretor Luís Vieira, o MP insistiu que deveriam ser condenados a uma pena suspensa entre quatro a cinco anos por favorecimento, prevaricação e denegação de justiça e falsificação de documento.
Quanto a João Paulino, autor confesso do furto do material militar dos paióis, o procurador do MP pediu a sua condenação a uma pena entre os nove e os dez anos de cadeia.
Esta informação foi inicialmente avançada pelo Correio da Manhã. Em causa está a alteração não substancial de factos e a alteração da qualificação jurídica dos factos descritos no despacho de pronúncia, adiantou o jornal, acrescentando que o Tribunal de Santarém deu 10 dias para as defesas exercerem o contraditório e a leitura do acórdão.
ZAP // Lusa