Quase todos os rostos presentes nos debates televisivos mudaram. E passaram apenas dois anos desde as eleições anteriores.
Não era preciso chegarmos aos debates eleitorais para chegarmos a esta conclusão. Mas a imagem, a frequência dos rostos na televisão, ajudam.
E, agora que os debates já envolveram todos os líderes partidários (só faltava Rui Tavares, até ontem), já se pode “confirmar” esta conclusão.
Comparando as eleições legislativas de 2022 e as de 2024, há uma mudança generalizada: na liderança dos partidos.
Entre os partidos que têm (ou tinham até 2022) grupos parlamentares na Assembleia da República, apenas um mantém o líder: o Chega, de André Ventura.
O Partido Socialista era liderado por António Costa e agora é Pedro Nuno Santos a tentar ser o primeiro-ministro socialista.
O Partido Social Democrata tinha Rui Rio a comandar e agora vê Luís Montenegro como presidente e como maior representante da Aliança Democrática.
A Iniciativa Liberal era representada por João Cotrim de Figueiredo e agora aparece Rui Rocha no seu lugar.
O Bloco de Esquerda tinha como porta-voz Catarina Martins, que entretanto foi substituída por Mariana Mortágua.
O Partido Comunista Português (e CDU) aparecia nos debates sob a voz de Jerónimo de Sousa e agora é a vez de Paulo Raimundo.
E ainda há o CDS, que agora não tem grupo parlamentar nem apareceu nos debates – mas ainda pode aparecer: o seu líder era Francisco Rodrigues dos Santos e agora é Nuno Melo.
Ou seja, sete partidos, seis mudanças. E só passaram dois anos.
Destas contas ficam fora os partidos com deputado único: PAN e Livre continuam a ser representados, respectivamente, por Inês de Sousa Real e Rui Tavares.
Ou seja, se já pouco adiantava olhar para os números de 2022 porque o contexto agora é bem diferente – apesar de serem eleições antecipadas nos dois casos – esta mudança generalizada de líderes só reforça que não adianta comparar percentagens e deputados, porque as pessoas nem são as mesmas, no geral.
Hoje ser Político, é sinal de respeito, Portugal necessita dos melhores cerebros para dar um rumo ao caminho a tomar e aproveitar esta viagem da nova ordem que se avizinha: talvez reclamar para si mesmo a pasta da diplomacia. Afinal nós fomos os primeiros no MUNDO a destruir toda a nossa frota de barcos e consigo o desarmamento. Hoje não temos nada! Somos diplomatas e por isso é justo.