Os cães farejadores da polícia estão a ser forçados a reformar-se mais cedo do que o previsto à medida que muitos estados norte-americanos legalizam a canábis.
De acordo com o The Times, o facto de os cães farejadores não conseguirem ser “desprogramados” para ignorar a canábis entre as substâncias a que estão habituados a detetar cria complicações legais quando os agentes da polícia levam a cabo revistas.
O uso e a posse de canábis são ilegais segundo a lei federal, mas, nos últimos nove anos, 17 estados norte-americanos aprovaram uma legislação que permite o uso recreativo da droga. Já o uso médico é permitido em 36 estados.
A incapacidade dos cães farejadores de indicar que droga detetaram significa que o alerta que os animais emitem já não é um método legalmente válido para estabelecer a causa provável.
Muitos departamentos policiais nos Estados Unidos não se podem dar ao luxo de treinar novos animais. Na Virgínia, por exemplo, a polícia vai aposentar 13 cães farejadores depois de o estado ter votado a favor da legalização da canábis.
No Novo México, o Departamento de Segurança Pública do estado disse que os seus nove cães precisariam de ser substituídos, uma mudança que terá um custo de 192 mil dólares.