O Sporting está no play-off da fase a eliminar da Liga dos Campeões. Porém, teve de sofrer, e muito.
Após dez pontos somados nas quatro primeiras jornadas (três vitórias e um empate), os “leões” só precisavam de um empate ante o já eliminado Bologna.
Mas, sem Gyökeres (e Morita, a juntar aos lesionados de longa data Pedro Gonçalves e Nuno Santos), poucos lances de real perigo criaram ao longo dos 90 minutos.
Os leões viram-se em desvantagem à passagem do quarto-de-hora inicial até que, já no quarto-de-hora final, dois jovens vindos do banco – Quenda e João Simões – combinaram bem na esquerda.
Este último cruzou rasteiro para um desvio feliz de calcanhar do sempre combativo Harder para o golo que salvou, “in extremis”, o “leão”.
O Sporting entrou no jogo demasiado encolhido, sem conseguir sair com a bola controlada, e praticamente a abrir viu uma bola esbarrar na trave da sua baliza. O lance não serviu de aviso e os “leões” acabaram mesmo por sofrer na sequência de um canto, num dos muitos duelos aéreos defensivos que perderam (10 em 21).
A partir da meia-hora a equipa de Rui Borges melhorou um pouco, com Harder a ameaçar o empate e Maxi Araújo a surgir também em boa posição, contudo os “verdes-e-brancos” terminaram o primeiro tempo com apenas sete acções na grande área adversária, apesar dos 59% de posse de bola.
O segundo tempo começou com novo contratempo para os “leões”, com Debast, que até foi o jogador leonino com melhor rating nos primeiros 45 minutos, a sair lesionado e logo depois valeu Israel a negar o segundo ao Bologna.
Os resultados nos outros campos não sorriam e o Sporting, mesmo longe de se conseguir instalar no meio-campo contrário, começou a visar mais vezes a baliza contrária.
Até que, num dos melhores lances leoninos no jogo, João Simões surgiu bem na linha de fundo a assistir Conrad Harder para o tal golo que apurou os “leões”, num jogo em que tiveram menos acções defensivas no meio-campo contrário, menos acções com bola na grande área adversária e menos remates do que o Bologna.
O Jogo em 5 Factos
1. Muitas faltas
O Bolonha pressionou alto e raramente deixou o Sporting sair com a bola controlada da sua grande área. E, quando os “leões” fugiam a essa primeira zona de pressão, viram-se muitas vezes travados em falta. Foram 29 as cometidas pela formação italiana (o número mais elevado de faltas cometidas por uma equipa em todos os jogos da competição até ao momento). O Sporting também fez o seu máximo de faltas num jogo da Champions (19) e, claro, tudo isso resultou no jogo com mais infracções da prova (47).
2. Poucos passes bem-sucedidos
As percentagens de eficácia no passe não foram famosas de parte a parte (81,6% do Sporting, 75,9% do Bologna), mas pior foi o número total de passes concretizados: 324 pelos “leões”, 220 pelos italianos. Foi o quinto jogo entre todos os encontros da Champions desta época com menos passes concluídos.
3. Poucas oportunidades e acções nas áreas
Este foi um jogo em que não foram muitos os lances de real perigo. As estatísticas mostram apenas uma ocasião flagrante para cada lado e as acções nas grandes áreas adversárias também não foram muitas (14 do Sporting, 19 do Bologna).
4. Ineficácia no drible
Apenas quatro das 13 tentativas de drible dos “leões” foram bem-sucedidas. Tantas como as do Bologna, mas em apenas dez tentativas.
5. Duelos divididos
Num jogo mais disputado do que bem jogado, o empate final reflectiu-se também num equilíbrio a nível dos duelos a vários níveis. O Sporting ganhou mais cinco (63-58) e pelo ar ambas as equipas tiveram uma percentagem abaixo dos 50% no que toca a duelos aéreos defensivos (46% e 25%).
Melhor em Campo
O médio internacional italiano Tommaso Pobega marcou o golo do Bologna, viu Franco Israel negar-lhe outro a abrir a segunda parte, ganhou seis dos nove duelos que travou e destacou-se ainda no capítulo defensivo com três acções defensivas no meio-campo do Sporting e um total de quatro desarmes.
Resumo
// GoalPoint