Le Pen lidera nova aliança parlamentar da extrema-direita europeia

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Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa, conquistou no Parlamento Europeu (PE) poder para melhor denunciar o que considera serem “as infâmias” de Bruxelas, ao reunir aliados suficientes para formar um grupo parlamentar.

Com 37 deputados e denominado Europa das Nações e das Liberdades, o novo grupo parlamentar baseia-se na Frente Nacional (FN), partido liderado por Le Pen, que venceu as eleições europeias de 2014 em França.

O novo grupo é “uma resposta implacável” àqueles que duvidavam da utilidade em Bruxelas da Frente Nacional (FN) e pretende “combater a Comissão Europeia e as suas infâmias”, declarou Marine Le Pen, em conferência de imprensa no Parlamento Europeu esta terça-feira.

Trata-se do oitavo grupo constituído no PE eleito em 2014, e do segundo com o rótulo de eurófobo e anti-imigração, juntamente com o grupo Europa da Liberdade e da Democracia Direta (ELDD, 46 membros), construído em torno do britânico UKIP de Nigel Farage e do movimento italiano Cinco Estrelas, de Beppe Grillo.

O novo grupo, o mais pequeno do PE, será copresidido por Marine Le Pen e Marcel de Graaff, do PVV holandês, um dos aliados “históricos” da dirigente da FN na Europa, com o Partido da Liberdade austríaco (FPÖ), a Liga Norte italiana e o Vlaams Belang flamengo (Bélgica). O cargo de tesoureiro será ocupado por Gerolf Annemans, deputado desta formação belga.

A eurodeputada francesa lutava desde há um ano para congregar aliados suficientes, porque apesar de contar com o número de deputados necessários (pelo menos 25), eles apenas representavam cinco nacionalidades, em vez das setes exigidas para formar um grupo parlamentar.

Le Pen ganhou agora a sua aposta graças à adesão de Janice Atkinson, eurodeputada britânica eleita pelo UKIP – que tinha sido afastada em março -, e de Michal Marusik e Stanislaw Zoltek, dois polacos do KNP, que ela apresentou como tendo “claramente cortado” com Janusz Korwin-Mikke, o corrosivo antigo presidente desse partido de extrema-direita.

O novo grupo fará com que a FN e os seus aliados ganhem visibilidade nos debates, uma presença na conferência de presidentes do PE e 4,4 milhões de euros para financiar um secretariado e se organizar melhor, segundo uma fonte europeia.

/Lusa

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