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Kaga, a primeira vaca clonada do mundo, morre aos 21 anos

Fanny Schertzer / Wikimedia

Uma típica vaca Holstein – provavelmente, descendente de Arlinda Chief

A primeira vaca clonada do mundo, chamada Kaga, morreu na quarta-feira devido a causas naturais aos 21 anos e três meses, no centro de investigação japonês que a viu nascer, informaram esta quinta-feira as autoridades do Japão.

Kaga nasceu em julho de 1998 no Centro Provincial de Investigação de Gado de Ishikawa, como parte de uma investigação da então Universidade Kinki (atual Universidade de Kindai), que utilizou a mesma técnica usada dois anos antes para clonar a ovelha Dolly no Reino Unido.

A vaca foi criada através da transferência nuclear de células somáticas, um processo que consiste em introduzir o núcleo de uma célula – que contém ADN – dentro de um óvulo ao qual se tira o seu próprio núcleo previamente.

Como resultado da pesquisa japonesa sobre clonagem de bovinos, nasceram duas vacas gémeas, Kaga e Noto, que morreu em maio de 2018.

Kaga, que morreu de velhice – a expectativa de vida das vacas é entre 20 e 25 anos – começou a ter problemas para se alimentar em setembro deste ano e estava a receber suplementos nutricionais e anti-inflamatórios nas pernas, de acordo com a explicação dos funcionários do centro à agência de notícias Kyodo. No início de outubro, o animal não resistiu e a sua morte foi declarada agora, acrescentaram as fontes.

Em 2006, 14 vacas clonadas foram produzidas no centro japonês, mas a investigação, que visava melhorar a produção de carne e leite, foi reduzida após a distribuição da carne clonada ter sido restringida no Japão em 2009. O gado clonado em Ishikawa foi mantido para o estudo da expetativa de vida desses animais.

ZAP // Lusa

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