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Arrancou o julgamento de Trump. Republicanos travam audição de testemunhas da Casa Branca

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Gage Skidmore / Flickr

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Começou na terça-feira o primeiro dia do julgamento do processo de impeachment de Donald Trump. A sessão durou às 13 horas e só terminou quase às 2h de Washington (7h em Portugal continental).

O primeiro dia do julgamento foi exclusivamente dedicado à discussão das regras que vão reger o julgamento, com o Partido Republicano a medir forças e a mostrar da maioria que tem no Senado para absolver o presidente norte-americano.

O Partido Democrata apresentou onze emendas às questões procedimentais do julgamento, mas todas foram chumbadas pelos republicanos, liderados por Mitch McConnell. As regras aprovadas foram as que inicialmente tinham sido apresentadas.

Assim, de acordo com o Diário de Notícias, haverá um período de seis dias para discussões, três para a acusação e outros três para a defesa de Trump, que será seguido de um dia de perguntas por parte dos 100 senadores, que atuam como júri no julgamento, antes do debate e da votação final.

Os democratas queriam convocar testemunhas, nomeadamente o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, e o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, e requisitar documentos antes do fim do julgamento, mas McConnell recusou.

Na última proposta, os democratas procuraram dar ao presidente da sessão, John Roberts, o privilégio de decidir que testemunhas e documentos deviam ser requisitados para o julgamento, mas essa emenda também caiu tal como as outras, com 53 votos contra e 47 a favor.

O Presidente norte-americano foi acusado de pressionar o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar o seu rival político e ex-vice-Presidente Joe Biden.

Esta chamada, cuja transcrição foi revelada na última semana após a queixa de um denunciante, levou os democratas a darem início a um processo de impeachment presidencial. Na segunda-feira, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, recebeu uma intimação relacionada com os seus contactos com as autoridades ucranianas.

Mais tarde, o Governo australiano confirmou que houve uma segunda chamada, em que Donald Trump pressionou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, para que este o ajudasse a descredibilizar a investigação do procurador especial Robert Mueller. O governo australiano confirmou que a chamada aconteceu e que o primeiro-ministro concordou em ajudar.

A Casa Branca restringiu o acesso à transcrição da conversa telefónica entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro da Austrália a um pequeno grupo de assessores. A decisão é invulgar mas semelhante à que foi tomada no caso da chamada com o Presidente da Ucrânia.

ZAP //

 

1 Comment

  1. Obviamente que não vai haver justiça quando os interesses politicos estão à frente dos interesses judiciais!
    Se os republicanos fossem homenzinhos, aceitavam todas as testemunhas e provas para se poder decidir com base no máximo de informação possível, mas claro está que não querem nada disso porque estão bem borradinhos!
    Querem ter o mínimo de argumentos apresentados para poderem bloquear a destituição sem serem muito criticados. Isto não é justiça, é politica!
    Este Trampas devia ser metido num calabouço!

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