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Juiz Carlos Alexandre aceita proposta de pagamento de caução de Joe Berardo

O juiz Carlos Alexandre aceitou, esta quarta-feira, a proposta e a forma de pagamento da caução de cinco milhões de euros apresentada pelo empresário madeirense no processo da Caixa Geral de Depósitos.

A decisão favorável do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, relativamente à proposta de pagamento de Joe Berardo foi comunicada cerca do meio-dia, adiantou fonte ligada ao processo à agência Lusa.

A informação foi inicialmente avançada pela SIC Notícias, que adiantou que o arguido vai dar como contrapartida imóveis avaliados em oito milhões de euros, que pertencem a sociedades de familiares, valor que supera o da caução.

O empresário madeirense apresentou, há cerca de uma semana, uma proposta de pagamento da caução de cinco milhões de euros aplicada por Carlos Alexandre no caso CGD.

Após primeiro interrogatório judicial, o empresário, que foi detido a 29 de junho, ficou indiciado de oito crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, dois crimes de abuso de confiança qualificada e um crime de descaminho.

O seu advogado e arguido André Luíz Gomes, além de estar indiciado pelos mesmos crimes que o empresário, está também por mais quatro crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsificação de documento, falsidade informática, estes referentes às suas sociedades, tendo que prestar uma caução de um milhão de euros, entre outras medidas cautelares.

Além do pagamento da caução, o juiz proibiu ainda Berardo de contactar com outros arguidos do processo, obrigou-o a entregar o passaporte e proibiu-o de sair do país.

Segundo o Ministério Público, a investigação envolve um grupo “que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros” e que terá causado “um prejuízo de quase mil milhões de euros” à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao Novo Banco e ao BCP.

O caso conta com 11 arguidos (cinco pessoas individuais e seis pessoas coletivas) e foi tornado público depois de uma operação policial em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a um escritório de advogados.

ZAP // Lusa

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