Estar no lugar errado à hora errada. É assim que três dos jovens que surgem no vídeo divulgado na Internet, com um alegado abuso sexual durante a Queima das Fitas do Porto, comentam o caso, lamentando que estão a ser ameaçados e garantindo que não se aperceberam do suposto abuso.
Em declarações ao Correio da Manhã, os três jovens dizem que estão “a ser ameaçados” depois de vários utilizadores do Facebook terem partilhado uma publicação com imagens das suas caras, retiradas do vídeo que foi divulgado num grupo secreto “só para homens”, nesta rede social.
Um deles diz mesmo que deixou de ir às aulas porque, além dos seus rostos, terão também sido divulgados na Internet os seus perfis do Facebook e até os estabelecimentos de ensino que frequentam, conforme destaca o CM.
“Apaguei todas as contas na Internet ainda na noite de domingo, quando comecei a receber as primeiras ameaças”, diz outro dos jovens, referindo que já foi à Polícia Judiciária “apresentar queixa”.
“Pareciam namorados descontrolados”
Os três jovens ouvidos pelo jornal são os que surgem no vídeo a rir e a aplaudir, enquanto um outro rapaz masturba uma jovem que estaria embriagada.
“Pareciam namorados sem se controlarem”, é assim que um rapaz comenta a situação, notando que foi por isso, que não fizeram nada.
Os jovens alegam ainda que iam cerca de 100 pessoas no autocarro onde o suposto abuso aconteceu e que “o facto de haver amigas da rapariga perto dela e de nenhuma ter actuado, fez com que as testemunhas não sentissem o dever moral de interromper os actos sexuais”, conforme aponta o CM.
“Foi tudo muito rápido. Não percebi que fosse um acto não consentido“, sustenta outro dos jovens ao CM.
Os três rapazes ouvidos pelo jornal revelam ainda, que não se conheciam e que também, não conheciam o rapaz que protagoniza o alegado abuso sexual, nem tão pouco a alegada vítima.
FAP e Universidade não se metem
Entretanto, a Federação Académica do Porto (FAP) e a Universidade do Porto (UP) colocam-se à margem da situação, considerando que não lhes cabe actuar no caso.
A FAP alega, num email enviado ao Expresso, que não tem “qualquer intervenção no espaço onde a situação decorre”, ou seja, um autocarro da STCP.
Mas a empresa de transportes públicos do Porto argumenta que o serviço especial de autocarros, durante a fase da Queima das Fitas, é “fretado e pago pela FAP”, com o intuito de garantir a deslocação dos estudantes, conforme cita o Expresso.
A FAP considera que o caso deve ser analisado pelas autoridades judiciais, caso seja uma “situação com relevância penal”.
Também a Universidade do Porto se coloca à margem do caso, realçando que “condena todo o tipo de violência ou coação física ou psicológica”, conforme transcreve o Expresso.
“Neste caso concreto, não podemos tomar posição sem ter completo conhecimento, nomeadamente se são estudantes da Universidade do Porto”, conclui a instituição.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ainda não se pronunciou sobre o caso.
Na linha do que já comentei na notícia de ontem sobre este assunto, e que tem merecido comentários positivos, que de resto já agradeci:
1. A observação do video neste caso, pelo comportamento de ambos e pelo comportamento dos conhecidos à volta deles, deixa bastante óbvio que não há abuso. Só exibicionismo por parte de ambos. Agora as declarações dos mirones de que “Pareciam namorados descontrolados” só reforça esta ideia. Se combinarmos isto com o facto de que a rapariga NÃO QUIS apresentar queixa, poucas dúvidas restam de que não houve nenhum abuso.
2. Nunca se pode meter em causa a inocência de ninguém, sem conhecimento de causa. Há que deixar a informação necessária ser esclarecida. Todos são inocentes até prova em contrário. E neste caso as provas parecem ser a favor.
3. Há sempre interesses obscuros por trás, quando se tenta FORÇAR a existência de crime, de vítimas e de culpados. Nomeadamente o próprio MP é frequentemente o maior beneficiário destas situações. Se eu der um estalo a alguém na rua, tenho de pagar mais de multa ao Estado do que à pessoa em quem bati. Ainda por cima se não pagar à pessoa, vão andar atrás de mim com a justiça lenta e nada me acontece. Se não pagar ao Estado, vou logo preso com uma eficiência relâmpago.
4. Eu estou convencido que o facto da PJ estar a investigar apesar da rapariga não ter apresentado queixa, vai na linha do que já referi do MP ter interesse em que se constitua crime. Estão no fundo a ver se haverá ponta por onde possam pegar. Ainda por cima, existem movimentos de cidadãos, como os de feministas mais extremistas, que terão também interesse em apoiar a constituição de um crime, por motivos ideológicos. Acredito que esta rapariga ainda irá ser pressionada a apresentar queixa, durante os próximos 6 meses. Oxalá não ceda a pressões tendenciosas.
Já pensou que, se a vítima não apresentou queixa, é pela vergonha que está a passar e quer o assunto esquecido o mais rápido possível? Ponha-se no lugar dela. Esta gentinha que participou no vídeo é que merecia um bom par de puxões de orelhas…no mínimo.
Espero que não aconteça isto a uma filha ou filho seu. Aí o caso mudava de figura.
Coitadinhos dos jovens sem cabeça para pensar nas consequências.
São jovens não pensam, quando chegarem a velhos não sabem nada.
O Sr Miguel Queiroz, vai receber então um comentário negativo. Será dado com todo o respeito no entanto.
A gravação de imagens, fotos ou video, sem a permissão dos intervenientes, inclusivé de pertences pessoais, sem que o proprietário o permita, é ilegal… A partilha dessas informações na internet também é ilegal. Vamos falar do termo “abuso”. Mesmo que a situação em si partilhada ilegalmente, fosse um momento de intimidade consentida, decerto que a parte de filmar, e consequente partilha nas redes sociais,ainda por cima numa rede “secreta” criada especificamente para partilhar este tipo de “intimidades”, não o foi!!!
Acha isso normal? Não houve abuso? Que ideologia é que o senhor defende? Direita machista? Diga lá…
Se não tem dúvidas que não houve abuso, espero que não seja pai de uma jovem que um dia, se veja neste tipo de situação, porque de contrário, tá visto que tem “bom falar”.