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Operação Fora de Jogo. Fisco suspeita de destruição de provas

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José Sena Goulão / Luso

Lucília Gago, procuradora-geral da República

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) suspeita que documentos relevantes para a Operação “Fora de Jogo”, que investiga transações no futebol, tenham sido destruídas por alguns visados devido a fugas de informação.

Em causa estão suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, nota o semanário Expresso, que avança a notícia este sábado, dando conta que serão necessários meses para analisar a informação recolhida durante as buscas.

A AT terá expressado à Procuradoria-Geral da República (PGR) a sua insatisfação pela violação do segredo de justiça dos processos que motivaram esta operação.

Isto porque a revista Sábado revelou a 6 de fevereiro, antes de as buscas ocorrerem, que as investigações ao futebol estavam a chegar “à fase decisiva”, descrevendo outras operações que foram planeadas anteriormente a acabaram por não ser levadas a cabo e detalhando as suspeitas que envolviam diversas transferências de jogadores de futebol.

A notícia, conta o Expresso, foi publicada pouco depois de esta operação no terreno ter passado pelo crivo do Tribunal Central de Instrução Criminal.

O seu planeamento, contudo, estava a ser preparado há meses entre a AT e o Ministério Público (MP). “A operação estava a ser preparada há meses”, disse fonte próximo do processo em declarações ao semanário.

Constituídos 47 arguidos

A Procuradoria-Geral da República esclareceu, em comunicado esta quarta-feira divulgado, que no âmbito da designada operação “Fora de Jogo”, cuja investigação está a cargo da AT, foram constituídos 47 arguidos (24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares).

Entre os arguidos estão jogadores de futebol, advogados, dirigentes desportivos, agentes e intermediários. Jorge Mendes é um dos visados.

“Investigam-se alguns negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações”.

ZAP //

 

 

 

 

 

1 Comment

  1. Grande novidade. Mas alguém duvida que neste país de trafulhas e chicos espertos para quem o futebol é a coisa mais importante na vida, eles não iam avisar os amigalhaços todos antes das buscas acontecerem ? Santa ingenuidade 🙂

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