João Júlio Cerqueira: “A Rússia vai perder a guerra. A invasão correu mal”

4

(dr) Scimed

João Júlio Cerqueira, médico

Médico e autor de portal de divulgação científica centra-se na economia, nos erros na invasão russa e nas bombas nucleares.

João Júlio Cerqueira, conhecido médico português e que costuma abordar assuntos controversos, escreveu sobre a invasão russa à Ucrânia. E considera que os russos já estão a perder a guerra e vão perder a guerra.

O autor do Scimed, portal de divulgação científica, centra-se na economia, nos erros na invasão russa e nas bombas nucleares.

No texto publicado nesta sexta-feira, João avisa desde logo que não é especialista, nem militar, nem geopolítico – as suas opiniões costumam centrar-se em assuntos polémicos mas numa perspectiva científica, com dados ou com evidência científica.

As sanções económicas, que se expandem todos os dias em muitos países, surpreenderam Vladimir Putin: “As preparações que fizeram, com acumulação de 600 biliões de dólares por parte do banco central, foram inutilizados em cerca de 50%. Resta-lhes acima de tudo o ouro, mas é improvável que alguém compre esse ouro por medo de represálias por parte dos outros países”.

Assim estas medidas anunciadas por tantas empresas e por tantos Governos deverá condicionar muito a Rússia: “Nenhum país consegue produzir tudo sozinho“, sublinhou, lembrando que os russos precisam de muitos materiais e negócios provenientes de outros países no seu dia-a-dia.

Em relação à própria invasão militar, um “desastre” para os russos, o médico considera que várias coisas falharam para o lado de Putin.

Por vários motivos. O primeiro mencionado é a meteorologia: nesta altura o solo ucraniano é “um verdadeiro lamaçal”; os tanques precisam de se deslocar nas estradas e, sem estradas (destruídas), restam os terrenos – que não estão em boas condições.

A falta de manutenção também afecta muito do equipamento militar russo, explica o especialista em medicina geral e familiar e em medicina do trabalho.

A famosa “máquina russa” não será assim tão poderosa. O ministro da Defesa da Rússia, de acordo com o médico, “parece ter sido um desastre na gestão do armamento russo”.

O quarto motivo está relacionado com a logística russa “inexistente”. Os russos “enviaram soldados com comida e água para 2-3 dias, o que fez com que muitos soldados, presos em colunas militares, ao frio e sentindo-se desamparados, simplesmente abandonassem a luta”, continua.

O maior problema que poderá surgir em breve é a eventual utilização de bombas nucleares: “E isso pode ter consequências imprevisíveis para todos nós”, completou, avisando que o cerco russo à central nuclear de Zaporizhzhia não pode ser comparada com Chernobyl.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

4 Comments

  1. Atenção as previsões indicam que vai chover amanhã e se chover convém levar o guarda chuva porque se não levar o guarda chuva pode molhar-se e apanhar um resfriado. A chuva é constituída por gotículas de agua que ao se precipitarem no solo levantam pequenas nuvens de poeira em solo seco. Essas nuvens de poeira podem conter micróbios adormecidos que ao serem inspirados podem provocar alergias nas pessoas mais sensíveis. Aconselha-se que não saia de casa em dias de chuva.
    Acho que já posso ser, tambem, comentador da lógica da batata.

    • De facto o Putin ainda não descobriu este comentador, estratega, filósofo, psicólogo, etc. Porque se o tivesse como conselheiro a invasão russa era uma miragem e a Russia já tinha chegado a Jupiter.

  2. É engraçado que nas ditas ciências sociais todos podem opinar. Nas “outras ciências”, só os da área. Fala de cátedra de assuntos que não domina. Enfim, também deve comentar bola e astrofísica.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.