Portugal precisa de um bloco central? “Era a pior coisa que podia suceder”

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ZAP // José Sena Goulão / Lusa

Alberto João Jardim considera que Portugal está praticamente ingovernável e que, por isso, a melhor solução é a criação de um bloco central. Augusto Santos Silva discorda, mas defende “negociações e compromisso” entre PS e PSD.

O antigo Presidente do Governo Regional da Madeira defende a criação de um bloco central, para que Portugal consiga reformar-se.

Em entrevista à RTP Madeira, Alberto João Jardim considerou que o país está a passar por um situação de “quase ingovernabilidade” – haja um Governo à esquerda ou à direita.

“Insisto naquilo que ando a dizer há décadas: as reformas de que Portugal tem carência rápida e urgente passam por uma reforma constitucional; e outras diferentes formas de fundo”, disse o histórico do PSD Madeira.

“[As reformas] passam por um entendimento, que misteriosamente não há, ao contrário de outras democracias, entre PS PSD. Chamem-lhe ‘bloco central’, chamem-lhe o que quiserem”, continuou, apelando ao entendimento entre socialistas e sociais-democratas.

“Posições tradicionalmente próximas”

Quem também defende “negociações e compromisso” entre PS e PSD é o Presidente da Assembleia da República, mas com uma grande diferença.

Augusto Santos Silva recusa a ideia do bloco central, considerando perigoso ter o Chega na oposição.

A pior coisa que podia suceder a Portugal seria ter um bloco central assumido ou envergonhado e o Chega a liderar a oposição”, refere o cabeça de lista do PS no círculo Fora da Europa, em entrevista à rádio Renascença.

Santos Silva diz que agora é hora do PS fazer oposição, contribuindo para a estabilidade da democracia: “Os resultados são conhecidos, portanto, é hora de construir e não de estar a imaginar já a próxima catástrofe”.

Apesar de recusar a ideia de “bloco central”, o Presidente da Assembleia da República na última legislatura referiu que as posições dos dois partidos são “tradicionalmente próximas”.

“Há matérias que, pela sua importância, aconselham a que haja diálogo, cedência mútua, negociação e compromisso entre os dois partidos, ou entre o Governo e a oposição (…) Um ser governo e o outro ser oposição não significa que não se entendam nas áreas em que é preciso entender-se e não significa que radicalizem as suas posições, quando as suas posições são tradicionalmente próximas“, considerou.

Entre as matérias urgentes, Santos Silva destacou a justiça.

Miguel Esteves, ZAP //

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1 Comment

  1. O PS e o PSD estao em panico so de sonharem com o que o CHEGA ira fazer quando estiver encarregue da Pasta da Justica…, e como tal, este Santos Silva ja arranjou a solucao, ja esta a convidar o PSD para fazerem um acordo sobre as alteracoes a fazer na Justica Portuguesa…, deixando o CHEGA de fora!!!! resumindo, os dois Partidos que encabecam a lista dos Politicos condenados, ou suspeitos, de corrupcao, vao tentar moldar a Lei a seu favor!!!!!, CHEGA neles, Ventura, a corrupcao do PS e PSD tem de ser parada.

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