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Giro: João Almeida desce; mas camisola azul vem para Portugal

Luca Zennaro / EPA

Mais de duas semanas depois, a camisola rosa tem novo dono: Wilco Kelderman. Duo de fugitivos controlou etapa rainha, João Almeida ficou para trás. Rúben Guerreiro vai ficar com a camisola azul até ao final.

João Almeida já não é o líder da Volta a Itália em bicicleta. A três dias do final da prova, o ciclista português passou por dificuldades, já esperadas, na “etapa rainha” do Giro. Foram mais de 200 quilómetros, com quatro subidas pelo meio e uma delas, a Passo dello Stelvio, contou com quase 25 quilómetros e uma inclinação média de 7,4%.

Foi precisamente no Stelvio que João Almeida ficou para trás. Quando essa subida terminou, o português estava já a quase quatro minutos da frente da corrida; e todos os outros candidatos estavam à sua frente, já nessa altura.

Na última subida, na chegada a Laghi di Cancano, a diferença aumentou pouco, enquanto um duo de fugitivos se destacou na frente: Jai Hindley e Tao Geoghegan Hart, que eram terceiro e quarto classificados na geral, antes desta quinta-feira. Hindley ganhou a etapa, com Geoghegan Hart logo a seguir.

O novo líder é, no entanto, Wilco Kelderman, que estava no segundo posto antes desta etapa. O holandês, que ficou no quinto lugar em Laghi di Cancano, assume a camisola rosa mas tem apenas 12 segundos de vantagem sobre Jai Hindley e 15 segundos sobre Tao Geoghegan Hart. Faltam apenas três tiradas.

João Almeida foi sétimo na etapa e desceu para o quinto lugar na classificação geral, atrás de Kelderman, Hindley, Geoghegan Hart e Pello Bilbao. João está a 2m16s do novo líder da geral. Recorde-se que João Almeida bateu recordes no ciclismo português, ao liderar a Volta a Itália logo desde o terceiro dia da prova até à 18.ª etapa.

Histórico: camisola azul vai ser portuguesa

Rúben Guerreiro merece também destaque: voltou a somar pontos na montanha e segurou a camisola azul, símbolo da liderança entre os trepadores.

Ruben acumula agora 234 pontos na classificação da montanha, mais 112 do que Thomas de Gendt. Uma diferença matematicamente irrecuperável nas etapas que faltam.

É a primeira vez, numa das três grandes voltas (França, Itália, Espanha), que uma das classificações principais vai ser ganha por um ciclista português.

NMT, ZAP //

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