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De volta à universidade, Jill Biden faz história como a primeira-dama com um emprego fora da Casa Branca

First Lady Dr. Jill Biden / Facebook

Jill Biden, primeira-dama dos Estados Unidos

A primeira-dama dos Estados Unidos vai mesmo continuar a ser professora numa Universidade na Virgínia do Norte, fazendo história como a primeira mulher do Presidente a manter o seu trabalho fora da Casa Branca.

Em novembro de 2020, alguns meses depois de o marido Joe Biden ter sido eleito para ser o novo Presidente dos Estados Unidos, Jill Bidentinha revelado a sua intenção de continuar a dar aulas na Universidade na Virgínia do Norte, onde trabalha há mais de uma década, ao mesmo tempo que cumpre as suas funções enquanto primeira-dama.

Agora, segundo o jornal The Washington Post, a vontade tornou-se uma certeza, o que faz da norte-americana a primeira primeira-dama deste país a manter o seu emprego fora da Casa Branca.

A partir de agora, além das suas funções enquanto FLOTUS (First Lady of the United States), Jill Biden vai passar a ter um horário de oito horas diárias, de terça a quinta-feira, durante 13 semanas, no campus de Alexandria da Northern Virginia Community College (NOVA).

Na realidade, no semestre passado, a primeira-dama já tinha dado aulas nesta universidade, mas de forma remota devido à pandemia da covid-19. Agora, em vez de falar através de um computador para os seus alunos, vai regressar às aulas presenciais, acompanhada por agentes dos Serviços Secretos.

“Tal como todos os professores, a primeira-dama mal pode esperar por voltar à sala de aula com os seus alunos. Está ansiosa para ensinar e comunicar pessoalmente, e não através de um ecrã”, tinha já dito o seu secretário de imprensa, Michael LaRosa.

Como recorda o jornal norte-americano, Jill Biden sempre defendeu a sua preferência pelas aulas presenciais, em vez do ensino remoto, uma posição que causou controvérsia, sobretudo com o aparecimento da variante Delta.

De acordo com a CBS News, a primeira-dama já tinha pedido para voltar ao campus universitário em janeiro, mas a instituição de ensino viu-se obrigada a dizer-lhe que não, uma vez que estava a limitar o número de pessoas no local.

Na altura, Biden já tinha admitido que sentia falta da energia de um bom debate numa aula e que estava preocupada com a saúde mental dos seus alunos, especialmente os que perderam familiares devido ao coronavírus.

Também quando foi vice-presidente na administração de Barack Obama, Biden não interrompeu a sua carreira profissional e continuou a dar aulas. Nessa altura, conseguiu, com sucesso, que os Serviços Secretos fossem discretos, para garantir que os alunos não ficavam “intimidados”.

No seu livro de memórias (“When the Light Enters”), a democrata contou que, a seu pedido, os agentes trocaram os seus fatos escuros por roupa mais informal e guardavam os equipamentos de proteção em mochilas para se “misturarem” melhor entre os alunos.

No site RateMyProfessors.com, uma plataforma em que os alunos podem fazer avaliações anónimas dos seus professores, dos 50 alunos da NOVA que avaliaram a docente, apenas um referiu o seu outro trabalho.

“Com tudo o que tem em mãos, ainda tem tempo, dedicação e preocupação para com os seus alunos. Quem é que, na sua posição, continuaria aqui, com tudo o que está a acontecer na vida pública da sua família? Mas na sala de aula, é apenas a Dra. Biden“, cita o The Post.

ZAP //

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