O presidente do PSD da Madeira, Alberto João Jardim, disse esta sexta-feira não saber se vai ou não ao Congresso nacional do partido que se realiza entre 21 e 23 de fevereiro por este já não se identificar com ele.
“Este não é o PSD onde eu nasci para a política, nem é o PSD que coincide com os meus princípios e valores, é um PSD diferente de maneira que não há o entusiasmo que noutros tempos havia com os congressos”, declarou Alberto João Jardim no final da reunião da Comissão Política Regional do PSD-Madeira.
Jardim revelou que os deputados sociais-democratas na Assembleia Legislativa da Madeira vão suscitar a inconstitucionalidade de algumas matérias do Orçamento de Estado designadamente o facto da sobretaxa do IRC ficar em Lisboa quando “a Constituição diz que todas as receitas fiscais cobradas na Região Autónoma são dos cofres da Região”.
Jardim queixou-se de Miguel Albuquerque
Alberto João Jardim revelou ainda ter interposto uma queixa contra o militante social-democrata Miguel Albuquerque no Conselho de Jurisdição regional do partido, para evitar a sua destruição.
“Quem se queixou foi o dirigente partidário Alberto João Jardim”, esclareceu o líder.
A disputa da liderança do PSD – que tem congresso marcado para 10 de janeiro de 2015 -, tem motivado alguns ataques entre o candidato Miguel Albuquerque, ex-presidente da câmara do Funchal e o actual líder do partido.
Na passada quinta-feira, 16, em comunicado, Miguel Albuquerque reagia a notícias publicadas pelo Diário de Notícias da Madeira e o Expresso dando conta de que o líder social-democrata madeirense, Alberto João Jardim, terá apresentado uma queixa contra o ex-autarca pelas opiniões que vem veiculando em artigos de opinião, visando a sua expulsão do partido e impedir que volte a candidatar-se à liderança do PDS-M.
Jardim explicou que a queixa que apresentou pretende “chamar a atenção” para um partido que “está a ser prejudicado por causa do desatino de certas pessoas que estão ao serviço de interesses que não são do partido e que desataram a ofender os seus colegas de partido e as instituições”.
Jardim considera que enquanto estiver na liderança dos sociais-democratas madeirenses, é seu dever “evitar que o partido seja destruído para fins sinistros”.
/Lusa