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Japão pede doações de smartphones antigos para fazer as medalhas dos Jogos Olímpicos

Facundo Arrizabalaga / EPA

A judoca brasileira Rafaela Silva, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

A judoca brasileira Rafaela Silva, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

A organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, pediu aos japoneses para doarem os seus smartphones e computadores antigos para usarem o metal no fabrico das medalhas olímpicas.

O comité de organização dos próximos Jogos Olímpicos convidou a nação japonesa a “desempenhar o seu próprio papel” nos preparativos do evento com uma campanha de recolha de dispositivos, que arranca a nível nacional no próximo mês de Abril explicou, esta quinta-feira, à agência Efe um porta-voz do comité.

O organismo espera recolher cerca de oito toneladas de metal para as cinco mil medalhas que vão ser distribuídas entre os atletas vencedores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na capital japonesa dentro de três anos.

“Os computadores e os telefones inteligentes tornaram-se ferramentas úteis. No entanto, creio que é um desperdício deitar fora dispositivos de cada vez que há um avanço tecnológico e surgem novos modelos”, disse em comunicado o ginasta Kohei Uchimura, que venceu medalha de ouro individual e por equipas no Rio 2016.

O atleta acredita que a iniciativa, que respeita o ambiente e aumenta a consciencialização sobre resíduos, envia “uma mensagem importante às gerações futuras”.

Os telemóveis e os computadores utilizam em pequena escala metais como o bronze, a prata e o ouro, que são precisos para as medalhas. Estima-se que o ouro e a prata dos produtos eletrónicos que já não são usados sejam 16% a 22% da oferta global.

As medalhas recicladas foram utilizadas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver em 2010, e metais reciclados já foram usados para o fabrico parcial das medalhas de ouro e bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.

// Lusa

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