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Jantares de família? Sim, mas com as devidas precauções

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

Nesta fase de desconfinamento já é possível ter ajuntamentos sociais como refeições em família, mas com as devidas precauções.

Com a abertura gradual do comércio e a retoma do trabalho presencial entramos numa nova fase do combate à pandemia, e com ela surge o levantamento de outras questões, nomeadamente de índole familiar. É o caso dos jantares de família.

Questionada sobre a possibilidade de as famílias organizarem jantares, a Direção-Geral da Saúde respondeu, esta terça-feira, que os portugueses podem fazer jantares de família, mas com cuidados acrescidos. “Podemos fazer um jantar de família, mas com as devidas cautelas e distanciamento social. Não podemos fazê-lo nos moldes em que o fazíamos anteriormente”, explicou o subdiretor-geral da Saúde, Diogo Cruz.

“Devemos tentar manter as regras que tivemos até agora, ainda que com mais liberdade e permissões. Mas como presumo que nenhum de nós queira uma segunda onda, devemos manter as recomendações”, acrescentou o responsável, citado pelo Público.

“Temos de ter noção que é verdade que saímos do estado de emergência, mas também é verdade que ainda temos transmissão da doença em Portugal”, recordou, Diogo Cruz.

Antes da conferência de imprensa desta terça-feira, Rita Sá Machado, chefe de Divisão de Epidemiologia e Estatística da Direção-Geral da Saúde​, apelou a que os portugueses evitassem reuniões deste tipo.

“Embora seja permitido que estejam no mesmo espaço até dez pessoas, a minha opinião enquanto médica é que ainda não devemos promover este tipo de actividades, apenas porque estamos numa fase muito precoce em que precisamos de manter a nossa cautela e alguma abertura para, se necessário, voltarmos atrás nas medidas que foram implementadas”, explicou ao diário.

“Devemos evitar ao máximo os jantares de amigos e de família. Do ponto de vista da saúde mental é bom estarmos com as pessoas de quem gostamos e com quem temos afinidade, mas será melhor continuar a promover aquilo que é o contacto através das telecomunicações, pelo menos nesta primeira fase“, rematou a especialista.

ZAP //

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