O ex-Presidente da África do Sul vai ser acusado de corrupção no caso de um contrato de armamento com industriais estrangeiros, que remonta ao fim da década de 1990, anunciou o Ministério Público sul-africano.
“Após analisar bem o assunto, há razoáveis perspetivas para pensar que as acusações judiciárias contra Jacob Zuma vão ser concluídas”, disse o procurador-geral Shaun Abrahams numa conferência de imprensa, salientando que o ex-Presidente da África do Sul será julgado por fraude e corrupção.
“Submeter o caso a julgamento é a forma mais apropriada de abordar as acusações”, acrescentou Abrahams, que indicou que a decisão já foi comunicada ao próprio Zuma.
Em fevereiro, Zuma anunciou a demissão da Presidência, “com efeitos imediatos”, numa declaração transmitida pela televisão estatal do país, acatando as ordens do partido.
Cyril Ramaphosa, líder do Congresso Nacional Africano (ANC) e até então vice-presidente da África do Sul, foi depois empossado pelo presidente do tribunal Constitucional sul-africano, Mogoeng Mogoeng, numa sessão extraordinária do Parlamento.
Desde 1994 que o ANC tem obtido a maioria absoluta no Parlamento, tendo sido presidido sucessivamente por Nelson Mandela (maio de 1994 a junho de 1999), Thabo Mbeki (junho de 1999 a setembro de 2008), Kgalema Motlanthe (interino, setembro de 2008 a maio de 2009) e Jacob Zuma (maio de 2009 a fevereiro de 2018).
Além de uma série de escândalos de corrupção, a governação de Zuma ficou marcada pelo clima de instabilidade económica que se viveu no país.
ZAP // Lusa
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