Parcerias público-provadas provocaram atrasos no início da construção. O objetivo era ter a linha pronta antes do mundial de futebol, o que será muito difícil. Espanha já tem metade pronta.
“Não vou usar a palavra pessimismo, mas temos alguma preocupação quanto ao impulso de Portugal para acelerar estas obras, que já poderiam estar noutras fases e com outros calendários“, diz José Antonio Sebastián Ruiz, comissário do governo espanhol para o Corredor Atlântico.
O corredor Atlântico é um dos 9 financiados pela União Europeia, e que vai desde Madrid até Lisboa, passando pelo Alentejo. Metade do corredor espanhol está já em serviço, segundo avança a CNN. Outra metade está em fase de obras ou em concurso.
O problema? era suposto a linha estar concluída a tempo do próximo mundial de futebol, em 2030, co-organizado por Portugal, mas tudo indica que isso não irá acontecer.
Isto porque as obras em Portugal, explica o comissário ao canal de YouTube “Viajando Contigo“, só dará início às obras em… 2030. Isto porque os espanhóis licitam o concurso de forma direta, enquanto os portugueses optam pelas parcerias público-privadas, que atrasam o processo.
“Não estão a correr como eles querem, ou como deviam”, diz José Antonio Ruiz, que assegura que Espanha já construiu mais de 4000 km de linhas de alta-velocidade. “Neste momento Portugal ainda tem zero“, e “nem sequer o Évora-Elvas (único troço em fase de obras) entrou ao serviço”.
E também na linha Porto-Vigo a diferença entre os dois países é notória: “Houve declarações do Governo português de que chegariam à fronteira em 2032. O nosso ministro e o secretário de Estado expressaram que, quando Portugal chegar à fronteira, nós já lá estaremos à espera dos nossos companheiros portugueses“.
No entanto já deverá haver muito dinheiro pago que já terá dado lucro a determinada gente…