Itália vai criar um relatório sobre ciganos ilegais para preparar plano de expulsão

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Mário Cruz / Lusa

O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, ordenou esta terça-feira a realização de um relatório sobre os acampamentos de ciganos no país para localizar aqueles que estão ilegais e “preparar um plano de desalojamento”.

Segundo informou o Sapo 24, citando a agência Lusa, Matteo Salvini, que é também vice-primeiro-ministro e líder do partido Liga (extrema-direita), pediu aos presidentes das câmaras municipais do país para fazerem um relatório sobre os vários tipos de povos nómadas e ciganos presentes no território e entregar o documento no prazo de duas semanas, anunciou o ministério em comunicado.

“O objetivo é verificar a presença de campos ilegais para estabelecer um plano de expulsão”, explicou Matteo Salvini, sublinhando que a prioridade deve ser dada “às situações de ilegalidade e degradação que frequentemente se registam nesses acampamentos” e que “constituem um perigo para a ordem pública e a segurança”.

O censo, escreveu o ministro na ordem enviada aos autarcas, terá de ter informação sobre o tipo de “alojamento”, a densidade da população, as condições dos acampamentos (existência de água, redes elétricas e esgotos) e o número de menores.

Segundo explicou, será elaborado “um plano de evacuação progressiva das áreas ilegalmente ocupadas” para “ultrapassar as situações de degradação e restaurar as condições de legalidade”.

Matteo Salvini afirmou em declarações recentes que “está na hora de os ciganos começarem a pagar pelos serviços”.

O ministro do Interior provocou uma polémica no ano passado quando propôs realizar um censo das pessoas de etnia cigana para expulsar aqueles que não nasceram no país, lamentando que “esses tivessem de ficar” em Itália.

Números avançados pelo ministro do Interior indicam a existência de 40 mil ciganos a viver em acampamentos em Itália, mas o Conselho da Europa estima que, entre as várias etnias de ciganos, o número esteja entre os 120 mil e os 180 mil.

Este valor representa, de acordo com o Conselho da Europa, uma das proporções mais baixas de ciganos relativamente à população total verificada nos países europeus.

TP, ZAP //

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3 Comments

    • Tal como tentei comentar antes… Concordo plenamente com a medida Italiana!

      Quem quiser viver em Portugal, que respeite a lei, compre os terrenos e respeite regras de construção, pague impostos e que contribua para o país como os demais…

      (Conheço casos de pessoas que nem podem usar os seus terrenos, nem os conseguem vender porque estão ocupados há “eternidades”… e de construtores que mal acabaram de fazer apartamentos, os viram ocupados e passados 20 anos continuam na mesma e a pagar IMI e encargos com eles…)

      Quem não aceitar as regras… temos muito sítio por onde passar a fronteira para sair!

  1. Uma coisa é certa: a Europa dos direitos e liberdade tem um problema com o povo cigano que não consegue resolver. Porque não uma solução idêntica à encontrada para os judeus no após-guerra?

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