Secretário-geral da ONU tenta falar com o primeiro-ministro de Israel desde o primeiro dia da guerra em Gaza. Novos ataques na Cisjordânia.
A guerra em Gaza começou há mais de três meses, continua, e pode alastrar-se.
Os receios em relação a uma segunda frente de guerra aumentaram nesta quarta-feira por causa de novos ataques na Cisjordânia, destaca o canal Euronews.
O exército de Israel matou várias pessoas na Cisjordânia ocupada – entre elas “o chefe de uma célula terrorista” em Balata.
Segundo o Crescente Vermelho, quatro palestinianos morreram vítimas de bombardeamentos no campo de refugiados de Tulkarm.
O mesmo movimento humanitário denuncia que Israel proibiu as suas ambulâncias de ajudar as vítimas.
De acrodo com a agência Wafa, 85 palestinianos foram detidos durante a noite passada.
Em Rafah, que é declarada “zona segura” por parte dos israelitas, um novo ataque matou 16 pessoas – crianças incluídas – que estavam abrigadas numa casa.
Guterres ignorado
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não respondeu até agora aos telefonemas feitos pelo secretário-geral da ONU desde 7 de outubro, data do ataque do movimento islamita palestiniano Hamas que desencadeou a guerra de Israel na Faixa de Gaza.
António Guterres reconheceu numa entrevista à estação televisiva Al-Jazira, em Davos, que ainda não falou com o chefe do Governo israelita, e depois, o seu porta-voz, Stéphane Dujarric, emitiu na sua conferência de imprensa diária em Nova Iorque alguns comentários sobre o assunto.
Dujarric não especificou quantas vezes tentou Guterres comunicar com Netanyahu: “Não é alguém a ligar todos os dias [e a dizer] liga-me de volta, liga-me de volta. Existe um protocolo diplomático“, afirmou.
“Sabemos que a mensagem [da chamada] foi recebida, e o facto de eles não terem ligado não impediu o secretário-geral de ter um amplo leque de contactos com responsáveis israelitas”, explicou Dujarric, apontando entre os interlocutores o Presidente de Israel, Isaac Herzog, e o representante israelita junto da ONU, Gilad Erdan.
ZAP // Lusa
Guerra no Médio Oriente
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