Israel aprovou este domingo uma resolução histórica que rompe com o controle exclusivo dos ultra-ortodoxos do Muro das Lamentações em Jerusalém e permite que homens e mulheres possam rezar em conjunto no local, considerado o mais sagrado do judaísmo.
Com 15 votos a favor e cinco contra, o governo israelita aprovou um plano que prevê a criação de uma nova praça em frente ao muro milenar, na qual os membros das correntes conservadora e reformista do judaísmo vão poder rezar de forma igualitária e sem separação por sexos.
Até hoje, o acesso ao Muro das Lamentações, incluindo os serviços e as atividades religiosas feitos naquele local, estavam controlados pela corrente ultra-ortodoxa.
Segundo as regras estabelecidas, as orações dos dois sexos decorriam de forma separada.
Segundo a resolução aprovada, tanto as áreas actualmente segregadas por sexos, como a nova zona destinada às correntes não ultra-ortodoxas vão ter um acesso comum.
Esta decisão, qualificada como histórica, vai ao encontro das reivindicações de vários grupos progressistas judeus, incluindo o grupo Mulheres do Muro, movimento que luta há 27 anos pelo fim do monopólio dos ultra-ortodoxos e pelo direito das mulheres a rezarem em conjunto com os homens naquele lugar sagrado.
O Muro das Lamentações é o local mais sagrado do judaísmo, pois é o último vestígio do Segundo Templo, destruído pelos romanos em 70 d.C.
ZAP / ABr