Israel atinge aeroporto com o líder da OMS no interior

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Jean-Christophe Bott / EPA

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Pelo menos duas pessoas morreram, enquanto Tedros Adhanom Ghebreyesus e os seus colegas, que estava no Iémen para negociar a libertação de funcionários da ONU, ficaram “a salvo”.

Um bombardeamento de Israel contra alvos no Iémen atingiu o aeroporto de Sanaa, capital do país, esta quinta-feira. Entre os passageiros no terminal encontravam-se o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e outros membros da agência.

“Quando estávamos prestes a embarcar no nosso voo de Sanaa, há cerca de duas horas, o aeroporto foi alvo de um bombardeamento aéreo”, relatou Tedros logo após o ataque.

“Um dos membros da tripulação do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram reportadas como mortas no aeroporto. A torre de controlo de tráfego aéreo, a área de embarque — a apenas alguns metros de onde estávamos — e a pista de descolagem foram danificadas”, acrescentou o diretor da OMS.

“Os meus colegas da ONU e da OMS e eu estamos a salvo“, acrescentou.

O chefe da OMS afirmou que estava no Iémen para negociar a libertação de funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas) detidos e para avaliar a situação humanitária no país. Em junho, a ONU confirmou que 13 membros da sua equipa foram detidos pelos rebeldes Houthis, que controlam grande parte do Iémen.

Os funcionários foram capturados em várias partes do país, numa aparente operação coordenada. As detenções ocorreram num momento em que os Houthis enfrentavam crescentes dificuldades económicas e ataques aéreos conduzidos por uma coligação liderada pelos Estados Unidos.

Os Houthis têm como alvo embarcações comerciais no Mar Vermelho, o que desencadeou ataques aéreos de retaliação pelos EUA e pelos seus aliados.

O ataque israelita

O governo de Israel afirmou ter atingido, além do aeroporto, centrais de energia e “infraestruturas militares” no Iémen nesta quinta-feira.

O exército israelita afirmou que atingiu “alvos militares” pertencentes aos Houthis porque o grupo rebelde “atacou repetidamente” Israel.

As IDF (Forças de Defesa de Israel) acrescentaram que os alvos militares foram usados pelos Houthis para “contrabandear armas iranianas” para a região e permitir a entrada de oficiais iranianos.

Os Houthis são uma “parte central do eixo terrorista iraniano, e os seus ataques a embarcações e rotas de navegação internacionais continuam a desestabilizar a região e o mundo em geral”, afirma a declaração.

O porta-voz dos Houthis, Mohammed Abdulsalam, descreveu os ataques desta quinta-feira como “um crime sionista contra todo o povo iemenita“, segundo a AFP.

Os ataques israelitas ocorreram após vários ataques dos Houthis, incluindo um em Telavive no sábado.

ZAP // BBC

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1 Comment

  1. O Iémen prende funcionários da ONU e está vai lá negociar a libertação e estudar o apoio à situação humanitária. Mas o Iémen tem dinheiro para comprar armas e continuar a atacar Israel e os navios de mercadorias. .
    Isto é um gozo!…

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