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Sem carruagens nem desfiles. Dois meses depois, Isabel II volta a proferir discurso da rainha

mikepaws / Flickr

A rainha Isabel II de Inglaterra

Passaram pouco mais de dois meses desde o último discurso da rainha, a cerimónia que marca o início do ano parlamentar no Reino Unido, mas Isabel II já está de volta ao Parlamento.

Desta feita, segundo avança o jornal britânico The Guardian, não vai haver carruagens puxadas por cavalos ou desfile pelas ruas de Londres. A pesada coroa imperial estará na Câmara dos Lordes, mas Isabel II usará apenas um chapéu. Os trajes de cerimónia ficam guardados para uma próxima ocasião.

Isto acontece devido às “circunstâncias únicas das eleições gerais” e também devido “à proximidade do Natal”, de acordo com o site oficial do Parlamento. A rainha quer, de acordo com o Diário de Notícias, ir o mais rapidamente possível para a casa de campo em Sandringham, onde habitualmente passa as férias de Natal.

Dois meses depois de ter lido o anterior discurso, Isabel II volta à Câmara dos Lordes para ler um segundo discurso escrito pelo governo de Boris Johnson. O discurso está marcado para as 11h30, podendo a partir daí os deputados começar a trabalhar normalmente. Esta sexta-feira, vão já aprovar a lei que adapta o acordo de saída do Brexit à legislação britânica.

O conteúdo do discurso ainda não é conhecido, sendo esperado contudo que inclua a promessa de sair da União Europeia antes de 31 de janeiro, como foi prometido nas eleições que deram a maioria a Boris Johnson.

Além disso deverá incluir o compromisso de uma reforma da imigração e um reforço dos gastos no sistema nacional de saúde britânico. A jóia da coroa do discurso será, de acordo com o semnário Expresso, o compromisso de gastar 33 mil milhões de libras (quase 40 mil milhões de euros) adicionais por ano no SNS britânico até 2023/2024. Também deve incluir planos para aumentar os investimentos em infraestruturas.

Em 2017, depois das eleições em que Theresa May perdeu a maioria que os conservadores detinham, a cerimónia já tinha sido despojada. Na altura alegou-se que seria uma forma de a monarca mostrar o seu descontentamento com o mau resultado eleitoral numas eleições antes do prazo.

Nestas eleições, o partido Conservador ganhou as eleições legislativas com 365 deputados, contra 202 do Partido Trabalhista, 47 do Partido Nacionalista Escocês, 11 dos Liberais Democratas e 36 dos restantes partidos.

ZAP // Lusa

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