Irmãos que não foram às aulas de Cidadania e Desenvolvimento voltaram a ser chumbados

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Os irmãos Tiago e Rafael, de Vila Nova de Famalicão, com notas positivas a todas as disciplinas, voltaram a não passar de ano por falta de assiduidade a Cidadania e Desenvolvimento, tida como obrigatória.

Segundo noticiou esta segunda-feira o Jornal de Notícias, os pais dos jovens, que frequentam o 7º e o 9º ano de escolaridade, justificam a decisão com objeção de consciência, indicando que cabe à família educar os filhos em determinadas matérias.

A 29 de junho, os pais colocaram uma providência cautelar, tal como em 2020. Na altura, o tribunal decidiu que os alunos avançassem nas disciplinas em que tinham tido aproveitamento, considerando que a progressão nos estudos devia prevalecer sobre o cumprimento da legalidade subjacente ao currículo escolar. O Ministério Público recorreu.

A sexualidade, os direitos humanos, a igualdade de género, a interculturalidade, o desenvolvimento sustentável, a educação ambiental, a saúde, os media, as instituições e a participação democrática, a literacia financeira e a educação para o consumo e segurança rodoviária são dos temas abordados na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Os pais dizem-se “sob perseguição de quatro entidades do Estado: Ministério da Educação, Ministério Público, Segurança Social e Comissão de Proteção de Crianças e Jovens”.

Taísa Pagno //

26 Comments

  1. Para a escola islâmica de Palmela esse problema não existe, porque essa disciplina é de acordo com o credo.
    Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, durante uma visita ao Colégio Islâmico de Palmela que os portugueses têm de “aceitar e respeitar a diferença com abertura e tolerância”.
    Como habitual, dois pesos e duas medidas.

  2. Educação Cívica Escolar, precisa-se!….. a falta de Civismo é mais que evidente na Sociedade todas faxas Etárias confundidas, quanto a Educação Religiosa e Sexual deve ser exclusivamente da responsabilidade Familiar !

  3. A sua “narrativa” ideológica” fica muito clara no seu segundo parágrafo. Curioso, antes de 1974, existia uma disciplina, obrigatória, a que chamavam de “Religião e Moral”, leccionada por um padre, o que explica o “Moral” como boas práticas católicas. Não tinha nota, mas era obrigatória, se algum pai retirasse os filhos dessa disciplina, os meninos não passariam de ano. Não existiam juízes que, mesmo reconhecendo que os pais infringem a lei, “absolvem” os filhos em nome dos superiores interesses das crianças.
    Não vai acontecer, o facto é que a lei permite ao governo retirar os filhas do seio “familiar”, assumindo a custódia dos mesmos.
    O caro, tal como os pais destas crianças não passam de camponeses, mais ou menos letrados, não percebem que os filhos estão sob “custódia” dos pais, não são uma propriedade dos mesmos. Dá para entender? Duvido.
    É ao Estado que compete a educação, é ele que a paga, mesmo aos meninos dos colégios privados. Tem o direito de promulgar regras que garantam que as crianças tenham acesso a conhecimentos que o Estado entenda não estarem garantidas no seio familiar. E sabemos que não estão, nem cidadania nem educação sexual. Creio que não é a cidadania que seja o problema, obviamente, para pais que entendem a educação sexual como uma espécie de Kama Sutra público, o que se pode esperar de tais campónios?
    Concluindo, um Estado com os músculos no sítio, já tinha assumido a custódia das crianças, em democracia existe o recurso aos tribunais, compete ao juízes validarem a insubmissão ou fazer cumprir a lei. Mas, até lá, os pais apenas teriam direito a visitas periódicas. E vigiadas,

    • “Antes de 1974 Religião e Moral era obrigatória e leccionada por um padre”???
      Desde 1968 que deixara de ser obrigatória e garanto-lhe que nunca tive um padre como professor (os meus pais então decidiram pela minha participação nestas aulas). Garanto-lhe também que nessa disciplina o Prof. Armindo Loureiro (para que não restem dúvidas que é verdade), focava nas aulas de ReM educação sexual.
      Este revisionismo da História para adaptá-lo ao “politicamente correcto” dos tempos modernos é digno da ESTALINIZAÇÃO que a esquerda obtusa ‘pretende impor. TIRAR AS CRIANÇAS AOS PAÍS PORQUE AS QUEREM EDUCAR COMO CREEM SER CORRECTO sem submissão aos ideais esquerdoides é digno do MAO TSE TUNG.
      Os gregos “inventaram” a filosofia há 2500 anos. A filosofia grega era de debate livre e daí nasceu a democracia com base no diálogo e não na imposição monolítica do que se crê ser a verdade indiscutível de uma esquerda obtusa e intolerante.

      • Nenhuma dúvida que estamos em posições polares completamente opostas, o facto não incomoda nada, gosto disso. É verdade, os atenienses “inventaram” a democracia, foi um extraordinário avanço civilizacional, “há” 2 500 anos. Durou pouco, como saberá, porque na natureza e na sociedade, só o que resulta sobrevive. Não foi o caso. É o que se passa, por exemplo, com o capitalismo, sobrevive porque não existe outro sistema mais eficiente. Ainda que muito doente, funciona.
        A “família” não funciona, ponto. Resultou enquanto agregado, conjunto de sangue, como forma de sobrevivência. Com o evoluir da sociedade, da cultura, mesmo da inteligência, tornou-se outro anacronismo, sobrevive porque sim, mais como hábito que por utilidade funcional. Cairá, naturalmente, tal como vão cair as unhas dos pés humanos, para nada servem, excepto par rasgar os lençóis

    • Estado ?! Mas qual Estado ? O espaço onde proliferam ladrões descarados, camuflados de governantes ? É preciso fazer uma purga urgente, para termos, finalmente, um verdadeiro e puro Estado. De contrário continuaremos, ou acentuaremos, esta triste e vil pobreza.

  4. Isto é uma ditadura simplesmente mais matreira do que a anterior, não nos deixam fazer o que entendemos por bem, impingem-nos porcaria de toda a ordem em nome da “liberdade”, mas por enquanto deixam-nos expressar as nossas opiniões evitando assim confrontações de maior, na prática, somos tomados como patetinhas!!

  5. Grande mentiroso, este sr. AS. Tenho 75 anos. Nunca frequentei a aula de “Religião e Moral” e nunca deixei de passar de ano (ensino liceal). Mas certos trauliteiros de agora falam muito depreciativamente do Salazarismo usando muitas inverdades. Porque não são honestos? Este caso é notório entre aquilo que era e aquilo que agora é. Esta questão, é disso evidente. Um aluno que demonstra conhecimentos a todas as disciplinas, exceto a esta, é chumbado e já pela segunda vez. Isto não é democracia. Parece mais terceiro mundismo ou saloísmo pseudo-governante. Este país está à deriva.

  6. Os estudantes de todo o país deveriam unir-se todos no mesmo propósito: Não frequentarem as aulas desta disciplina. Queria ver se chumbavam todos. Seria um bom teste ao ministro da tutela (afilhado do Costa) e ao próprio governo.

  7. Nenhuma dúvida que estamos em posições polares completamente opostas, o facto não incomoda nada, gosto disso. É verdade, os atenienses “inventaram” a democracia, foi um extraordinário avanço civilizacional, “há” 2 500 anos. Durou pouco, como saberá, porque na natureza e na sociedade, só o que resulta sobrevive. Não foi o caso. É o que se passa, por exemplo, com o capitalismo, sobrevive porque não existe outro sistema mais eficiente. Ainda que muito doente, funciona.
    A “família” não funciona, ponto. Resultou enquanto agregado, conjunto de sangue, como forma de sobrevivência. Com o evoluir da sociedade, da cultura, mesmo da inteligência, tornou-se outro anacronismo, sobrevive porque sim, mais como hábito que por utilidade funcional. Cairá, naturalmente, tal como vão cair as unhas dos pés humanos, para nada servem, excepto par rasgar os lençóis

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