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Irão revela míssil balístico de curto alcance com motores de “nova geração”

Os Guardas da Revolução iranianos revelaram um míssil balístico de curto alcance, que pode, dizem, ser projetado por um reator de “nova geração” concebido para colocar satélites em órbita.

Os Guardas da Revolução iranianos revelaram este domingo um míssil balístico de curto alcance, que pode, dizem, ser projetado por um reator de “nova geração” concebido para colocar satélites em órbita. Segundo o site dos Guardas Sepahnews, o míssil Raad-500 foi equipado com os novos reatores Zoheir fabricados com materiais compósitos mais leves que os anteriores modelos em aço.

No site são ainda revelados os reatores Salman fabricados com os mesmos materiais, mas com um “bico propulsivo móvel” para o envio de satélites para o espaço.

O Raad é “um míssil de nova geração que pesa metade de um míssil Fateh-110, mas tem um alcance de mais 200 quilómetros”, adianta o texto no ‘site’ do corpo de elite das forças armadas iranianas.

O Fateh-110 é um míssil terra-terra de 2002, cuja última versão tem um alcance de 300 quilómetros.

O general Hossein Salami, comandante dos Guardas da Revolução, revelou o míssil e os reatores ao lado do general Amirali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial. Segundo Salami, o bico móvel no novo reator constitui “um salto no domínio da moderna tecnologia de mísseis”.

As novas tecnologias que permitiram mísseis “mais baratos, mais leves, mais rápidos e mais precisos” podem ser aplicadas a todos os tipos de mísseis iranianos, adiantou. Teerão afirma não ter qualquer projeto para obter a arma atómica e que os seus programas balísticos e espaciais são legais e não violam qualquer resolução da ONU, mas o assunto preocupa os países ocidentais.

O ministro das Telecomunicações iraniano, Mohammad Javad Azari Jahromi, anunciou também hoje o lançamento “nas próximas horas” de um novo satélite de observação científica.

Morteza Barari, chefe da agência espacial do Irão, indicou que o aparelho, com 113 quilogramas e capaz de realizar 15 voltas completas à Terra por dia, deve ser colocado em órbita a 530 quilómetros do planeta e foi concebido para estar operacional “mais de 18 meses”.

A sua principal missão será “recolher imagens”, disse, enfatizando as necessidades do Irão nesta área, em particular para estudar e prevenir terramotos e desastres naturais e desenvolver a sua agricultura.

// Lusa

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