Qassem Suleimani, um dos líderes militares mais influentes no Irão, avisou as milícias aliadas ao Iraque para se prepararem para “uma guerra por procuração”. Trump já se manifestou e diz que não quer entrar em guerra com o Irão.
Num encontro com milícias iraquianas em Bagdá, Suleimani lançou um aviso para se prepararem para “uma guerra por procuração“. As tensões têm aumentado na região e uma fontes dos serviços secretos, citada pelo The Guardian, diz que “não foi exatamente um apelo às armas, mas também não andou longe disso”.
Uma intensa atividade diplomática entre os EUA, o Reino Unidos e o Iraque têm tentado apaziguar os confrontos entre Teerão e Washington. O receio é que o Iraque se transforme num palco para um conflito entre os dois países.
Segundo o The New York Times, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse ao secretário da Defesa que não está interessado em partir para guerra com o Irão. Os diplomatas americanos estão a fazer esforços para acalmar os ânimos entre os dois países.
Na quinta-feira, quando questionado se os Estados Unidos iriam entrar em guerra com o Irão, Donald Trump respondeu: “Espero que não”. Rejeitando o diálogo com o presidente americano, o ministro das Relações Exteriores do Irão, Mohammad Javad Zarif, disse ser “inaceitável” a escalada de tensão por parte dos EUA.
O clima de tensão fez com que os Estados Unidos retirasse os diplomatas não essenciais da embaixada norte-americana em Bagdá e Erbil. Além disso, as bases dos EUA no Iraque estão também sob perigo de ameaça.
Também Jeremy Hunt, secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, partilhou das preocupações norte-americanas. “Compartilhamos a mesma avaliação de elevada ameaça representada pelo Irão. Como sempre, trabalhamos de perto com os EUA“.
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Suleimani, chefe da Força Quds, desempenha um papel crucial na orientação estratégica das milícias e tem sido o principal responsável na organização da presença do Irão no Iraque e na Síria. O iraniano treina e orienta forças leais a Teerão fora do país, como o Hezbollah.
Segundo o Observador, as forças com que Suleimani se reuniu nesta última reunião serão as Unidades de Mobilização Popular do Iraque, brigadas que combateram o Estado Islâmico e que depois integraram o exército iraquiano.