O presidente da associação de mediação imobiliária afirmou hoje que o investimento estrangeiro no setor deverá atingir entre 1,5 e 2 mil milhões de euros este ano, graças ao programa fiscal para não residentes.
“O investimento estrangeiro no imobiliário português [deverá] representar entre 1,5 a 2 mil milhões de euros em 2014”, referiu o presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, Luís Lima.
Sublinhando que o investimento estrangeiro no imobiliário permite “dinamizar a economia” porque implica investimento em outros setores como a saúde, a restauração e o turismo, o responsável critica a falta de apoios à internacionalização.
“A recuperação da economia do país poderá não viver exclusivamente das exportações, mas o investimento que estas gerarem irá contaminar positivamente o mercado e a confiança internos”, alertou Luís Lima em nota hoje divulgada à imprensa.
Entre os maiores investidores estrangeiros em imobiliário português estão, de acordo com os estudos da APEMIP, os franceses, seguidos dos britânicos e dos chineses.
“Os cidadãos britânicos e franceses estão no Top 3 dos investidores que mais procuram o mercado português”, o que “é uma prova de que o Regime Fiscal para Residentes Não Habituais tem captado um largo número de investidores”, defendeu Luís Lima, acrescentando que “apesar da Autorização de Residência para Investimento ser um programa mais popular, são os cidadãos europeus que mais procuram Portugal”.
Só entre janeiro e março, e de acordo com dados avançados pela associação, cerca de 3.500 cidadãos estrangeiros investiram em imóveis portugueses, o que representa 14% do total de imóveis transacionados nesse período.
Para aumentar o investimento, a APEMIP vai atualizar na quinta-feira um acordo que tem, desde 2012, com a sua congénere francesa, o Syndicat Français de L’Immobilier (SNPI), para divulgar imóveis entre os dois países.
A APEMIP “continuará a envidar todos os esforços para promover, junto de associações congéneres, mais parcerias desta natureza, especialmente junto dos países que mais têm procurado o mercado imobiliário português”, concluiu Luís Lima.
/Lusa