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Intoxicações alimentares em Leiria: broa é a maior suspeita

Broa foi o único alimento em comum entre os 14 pacientes que deram entrada no Centro Hospitalar de Leiria. Duas pessoas mantêm-se internadas.

14 pessoas deram entrada no Centro Hospitalar de Leiria entre sexta-feira e sábado com suspeitas de intoxicação alimentar, mantendo-se duas internadas, anunciou a Administração Regional de Saúde do Centro.

Em comunicado enviado no sábado à noite à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública (DSP) da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro) explicou que, desde sexta-feira e até às 20h de sábado, “foram observados no Centro Hospitalar de Leiria 13 casos, com idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos, sete do sexo feminino e seis do sexo masculino“.

Na noite deste domingo, pelas 21h, duas pessoas mantinham-se internadas, apesar da “evolução favorável”, anunciou a Administração Regional de Saúde local, que especificou que o único elemento comum às dezenas de casos foi a ingestão de broa.

O denominador alimentar comum a todos os doentes foi broa, sem prejuízo de virem a ser identificados outros alimentos suspeitos no decurso da investigação epidemiológica”, explicou a ARS-Centro. Por isso, foi iniciada uma investigação que “compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.

No âmbito dessa investigação, que envolveu também a ASAE, foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos”. Foi ainda possível identificar e alertar os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes.

“Seis doentes tiveram alta melhorados e sem intercorrências até ao momento e sete [mantinham]-se internados com evolução favorável, exceto um caso cujo estado inspira cuidados“, lê-se na nota.

Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.

Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.

A ASAE tem investigado cada vez mais produtos alimentares suspeitos. Na passada terça-feira, a autoridade informou que foi detetada uma bactéria perigosa, num queijo de ovelha curado, à venda no mercado.

Em comunicado, a ASAE alertou para os riscos de saúde no consumo deste queijo de ovelha curado, que pode estar na posse de muitos consumidores.

ZAP // Lusa

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