Em junho, os tempos de espera média de atendimento de chamadas de emergência do INEM dispararam. Houve dias em que os operadores levaram seis a oito minutos a dar resposta aos telefonemas.
De acordo com a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias, houve dias do mês de junho em que os operadores do INEM levaram seis a oito minutos a dar respostas aos telefonemas, quando o tempo de reação recomendado é de sete segundos. Além disso, perderam-se quase dez mil chamadas e só metade foram recuperadas.
Há muitos problemas nos centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), e uma das principais queixas é a falta de recursos humanos. “Praticamente há menos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) ao serviço do que os escalados”, informa o matutino.
No dia 21 de junho, entre as 10h30 e as 11h, os operadores do INEM demoraram, em média, seis minutos a atender as chamadas transferidas pela central 112. Já no dia 24 de junho, feriado de São João no Porto, entre as 10h e as 10h30, o tempo médio de espera chegou aos oito minutos.
Entre 1 e 24 de junho, das 89.215 chamadas recebidas pelo INEM, 9.805 foram desligadas antes de o operador atender e apenas 49% destas foram recuperadas. É preciso ter em conta que existem chamadas que podem não ter como objectivo denunciar situações de emergência, pelo que não é possível saber quantas das 51% das chamadas não atendidas poderiam corresponder a casos desses.
O INEM, em declarações ao diário, adiantou que estas falhas se trataram de “picos de serviço”, “situações absolutamente pontuais que representam exceções àquela que é a atuação dos CODU”.
O vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar alertou para a possibilidade de agravamento já em julho e agosto, devido à carência de meios. Rui Lázaro disse ainda que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes Norte possui apenas, em média, 15 operadores, quando o mínimo previsto se situa nos 19.