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Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca
A Casa Branca quer libertar reféns detidos desde os ataques de 7 de outubro. Para isso, não tem feito recurso a intermediários: “tem autoridade para falar com qualquer pessoa”.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, não fornece detalhes, mas confirma que estão a decorrer conversações diretas entre os EUA e o Hamas.
“O diálogo e as conversações com pessoas de todo o mundo para defender os interesses do povo americano é algo que o presidente já provou, é o que ele acredita ser um esforço de boa-fé para fazer o que é correto para o povo americano”, diz ainda.
Segundo avança o The Guardian, as “discussões em curso“, como lhes chama a Casa Branca, têm em vista o regresso dos reféns israelitas detidos desde o ataque de 7 de outubro.
Segundo a imprensa internacional, estas conversas são “inéditas“, já que o habitual é que este diálogo com o Hamas seja feito através de intermediários. de facto, os EUA nunca se tinham envolvido com o Hamas e classificaram o grupo como uma organização terrorista em 1997.
Ainda há 5 reféns americanos detidos pelo Hamas, um dos quais, Edan Alexander, de 21 anos, está vivo.
Terão deocrrido previamente conversas com Israel antes destes diálogos, e o enviado especial dos EUA, Adam Boehler, diz “tem autoridade para falar com qualquer pessoa” quando “há vidas americanas em jogo”, alega a Casa Branca.
“Israel expressou aos Estados Unidos a sua posição relativamente às conversações diretas com o Hamas”, comunicou por sua vez o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
As conversas surgem numa altura em que Netanyahu se tem aproximado de Donald Trump, tendo escolhido, na última fase negociada do cessar-fogo, falar primeiro com o presidente dos EUA do que com o Hamas.
De relembrar é também que o cessar-fogo em Gaza tem estado cada vez mais fragilizado: o prazo para negociações terminou no dia 1 de março, e ainda não há acordos no horizonte.