Tempo passa, Hamas aguarda, Netanyahu não chega. Violou acordo e só tem olhos para Trump

Cessar-fogo entre Israel e Hamas expira a 1 de março. Novas negociações deveriam ter iniciado esta segunda feira, mas primeiro-ministro israelita nem nomeou a equipa. Está e Washington para discutir primeiro o acordo com Trump.

O gabinete de Benjamin Netanyahu informa que o primeiro-ministro israelita deverá iniciar esta segunda feira conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo com o Hamas, enquanto chega aos EUA para visitar a nova administração Trump em Washington.

Antes de partir, disse, citado pelo The Guardian, que ia discutir com a Casa Branca a “vitória sobre o Hamas“, a libertação de reféns e as contendas com o Irão. “Penso que é um testemunho da força da aliança israelo-americana”. É o primeiro líder estrangeiro a visitar Trump desde a sua tomada de posse.

“As negociações sobre a segunda fase do acordo sobre os reféns começarão com a sua reunião em Washington”, acrescentou o gabinete, onde Netanyahu e Trump “discutirão as posições de Israel”.

Mas, de acordo com a CNN, não era com Trump que Netanyahu devia ter reunido primeiro. Segundo os termos estipulados no acordo, as conversações com o Hamas sobre a próxima fase do cessar fogo, que expira a 1 de março, deviam começar, o mais tardar, esta segunda-feira.

No entanto, o líder israelita continua sem sequer apresentar a equipa escolhida para protagonizar as negociações.

Ao falar primeiro com Trump, o primeiro-ministro de Israel está a violar o acordo.

Gershon Baskin, negociador israelita e ativista pela paz, disse num comunicado que a “recusa de Netanyahu em iniciar as negociações no dia estipulado no acordo é uma clara violação do acordo“.

“Israel exige que o Hamas cumpra todos os termos do acordo, ao mesmo tempo que o viola de forma significativa. Mais uma vez, Netanyahu está a abandonar os reféns e a colocá-los em perigo.”

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, a 19 de janeiro, o Hamas e os seus aliados libertaram 18 reféns detidos em Gaza. Em troca, o governo israelita libertou 583 palestinianos detidos.

ZAP //

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