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Índia ultrapassa quatro mil mortos num só dia. Cuba vai imunizar população com vacinas nacionais

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Darren Staples / AFP

A Índia registou mais de quatro mil mortes associadas à covid-19 num só dia e o Brasil contabilizou 2.165 óbitos nas últimas 24 horas. Em contraste, Cuba vai começar a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha. Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia.

A Índia registou pela primeira vez mais de quatro mil mortos diários devido à covid-19, elevando para 238.270 o número de óbitos desde o início da pandemia, anunciou o Governo, este sábado.

Nas últimas 24 horas, o país registou 4.197 mortes e 401.078 casos da doença, elevando o número total para quase 21,9 milhões.

Com 4.197 mortos registados nas últimas 24 horas, a Índia mantém-se como o terceiro país como mais mortes no mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano e a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

No mesmo período, o país contabilizou 401.078 casos, o que eleva o número total de infeções para 21.892.676 desde o início da pandemia.

A Índia, com 1,3 mil milhões de habitantes, atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas.

Alguns peritos consideraram que os números reais de óbitos e de casos podem ser muito mais elevados.

Mais de 40 países começaram a enviar ajuda para a Índia para ajudar a combater a pandemia, incluindo ventiladores e equipamento médico, bem como geradores de oxigénio, cilindros, concentradores e reguladores.

Brasil aproxima-se dos 420 mil mortos

O Brasil aproximou-se na sexta-feira de um total de 420 mil mortos (419.114) devido à covid-19, após ter contabilizado 2.165 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.

Em relação aos casos positivos, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, somou 78.886 novas infeções entre quinta e sexta-feira, totalizando 15.082.449 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, ocupando a segunda posição mundial na lista de nações com mais mortes e a terceira com mais casos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no país aumentou hoje para 199 mortes e 7.177 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade da covid-19 mantém-se em 2,8%.

Geograficamente, São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 2.984.182 casos do novo coronavírus e 99.989 vítimas mortais desde que a doença chegou ao Estado, o mais rico e populoso do Brasil.

Apesar de a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, estar em falta em, pelo menos, 32 cidades do Estado de São Paulo, o governador, João Doria, conseguiu ser imunizado na sexta-feira com a primeira dose desse antídoto, que é produzido localmente pelo Instituto Butantan.

Doria, adversário político do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi vacinado pela primeira pessoa imunizada contra a covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, e disse estar honrado.

“Todas as vacinas são boas, mas a minha foi Coronavac. Olha como é o mundo. No início de janeiro a CoronaVac era a ‘vacina da China’, a ‘vachina’, a ‘vacina do jacaré’, ‘que ia deixar você com sequelas, paralítico’, a ‘vacina do Doria’. Hoje, ela é a mais querida do Brasil, que todos querem tomar. Confiança é a credibilidade do Butantan, que já salvou 43 milhões no Brasil. 43 milhões que tomaram a CoronaVac“, disse Doria, mencionando algumas críticas feitas por Bolsonaro ao imunizante chinês.

“Briguei durante meses com o Governo Federal que não queria comprar essa vacina. O Presidente da República disse que não ia comprar e ponto. Em alto e bom som. Hoje é a vacina que mais salva vidas. Se não fosse o negacionismo e um esforço contra a vacina, Paulo Gustavo [ator brasileiro] e outros brasileiros poderiam ter sido salvos antes”, acrescentou Doria, de 63 anos, em declarações à imprensa.

A gestão de João Doria foi responsável por articular a parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac para a produção da Coronavac, atualmente o imunizante mais usado no Brasil, na campanha nacional de imunização.

Cuba inicia vacinação com vacinas próprias

Por outro lado, Cuba vai começar, na próxima semana, a vacinar a população contra a covid-19 com vacinas desenvolvidas na ilha, que ainda estão em fase experimental, anunciaram as autoridades na sexta-feira.

A campanha de vacinação vai começar em Havana e nas províncias de Santiago de Cuba (sul) e Matanzas (centro), onde serão usadas duas das cinco vacinas atualmente em desenvolvimento.

As vacinas Abdala e Soberana 2 são as mais avançadas e serão administradas em três doses.

“Acreditamos que teremos sucesso em ter vacinado 22% da população em junho, 33% em julho e 70% em agosto”, disse o ministro da Saúde, José Angel Portal, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo o ministro, as primeiras vacinas servirão como ensaio em larga escala e, se tudo correr como esperado, permitirá que em junho essas vacinas sejam aprovadas.

O plano foi corroborado por Olga Lidia Jacobo, diretora do Cecmed, administração responsável pela homologação de medicamentos: “Nas próximas semanas, talvez já em junho se os resultados forem favoráveis ​​e corresponderem ao que se espera, poderemos dar a autorização de emergência, e então poderemos iniciar uma vacinação em massa”.

A vacina Abdala concluiu a sua terceira e última fase de testes clínicos, cujos resultados estão a ser alvo de analise, enquanto a Soberana 2 deverá concluir sua fase final de testes em meados de maio.

Cuba tem cerca de 11,2 milhões de habitantes e registou recentemente um aumento de casos de infeção, mas continua pouco afetada em comparação com outros países latino-americanos.

Até ao momento, as autoridades registaram 114 mil casos de infeção e 713 mortos vítimas de covid-19.

Alemanha baixa infeções e regista 238 mortes num dia

A Alemanha registou na sexta-feira 15.685 novas infeções por covid-19 e 238 mortes, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI), numa altura em que a incidência do vírus no país continua a baixar.

O número de contágios é inferior aos divulgados há uma semana, quando as autoridades de saúde anunciaram 18.935 novas infeções. Já o número de vítimas mortais aumentou de 232 no último sábado para as 238 de sexta-feira, de acordo com os últimos dados conhecidos.

Os números divulgados pelo RKI indicam que na sexta-feira estavam internados em unidades de cuidados intensivos 4.669 pacientes com o novo coronavírus e 2.818 estão com suporte de vida, segundo os registos da Associação Interdisciplinar Alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Emergência (DIVI).

Num dia, as unidades de cuidados intensivos na Alemanha receberam 429 novos doentes com covid-19 e 110 desses pacientes morreram.

A viver a terceira vaga da pandemia, a Alemanha atingiu o máximo de infeções em 18 de dezembro de 2020, com 33.777 casos num só dia, e o pico de mortes foi registado em 14 de janeiro, data em que 1.244 pessoas perderam a vida vítimas de complicações associadas ao novo coronavírus.

A incidência do vírus atingiu o seu máximo em 22 de dezembro, com 197,6 novas infeções por cem mil habitantes. Há uma semana esse número era de 148,6 e esta sexta-feira a incidência caiu para os 125,7.

O fator de reprodução semanal é de 0,91, o que significa que cada 100 pessoas infetadas contagiam uma média de 91 outras.

Desde o início da pandemia, a Alemanha soma 3.507.673 casos positivos de covid-19 e 84.648 mortes.

Cerca de 3.147.100 pessoas terão recuperado do novo coronavírus, enquanto o número de casos ativos se situa atualmente em 275.900.

Até quinta-feira, 7.360.108 pessoas na Alemanha, o equivalente a 8,8% da população, tinham recebido duas doses da vacina e 26.220.901 (31,5%) receberam pelo menos uma dose.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.258.595 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. No Brasil excepcionalmente na cidade de São Paulo, o número de mortos pelo covid 19 é questionado como também em outros tantos estados. Muitos hospitais colocaram a causa da morte por covid 19, pessoas que eram internadas por outras doenças, entravam no hospital por um outro problema e quando falecia a causa da morte era por covid19. Isso tudo são questões políticas . No inicio que o governador veio com essa vacina da Índia, a Anvisa não queria aprovar pois faltavam alguns itens exigidos, portando esse governador João Dória, dizia que ele era o pai da criança com a vacina coronavac e que iria começar a distribuir as vacinas mesmo sem o consentimento da Anvisa publicando e comunicando para o cidadão através de coletivas de imprensa até a data que iria iniciar a vacina. Infelizmente vivemos numa política suja da esquerda, sem ética, sem escrúpulo e sem moral. Enquanto o nosso Presidente quer agir conforme a Lei manda e a Constituição Federal, o partido de esquerda atropela totalmente em tempo integral os trabalhos do Presidente. A briga é acirrada. E para maiores informações há controversas em praticamente tudo a respeito do que esse governador de São Paulo publica, a maioria dos cidadãos quer esse governado fora saindo às ruas por várias vezes pedindo o impeactman desse senhor que para contrariar o Presidente pune o povo com aumento de impostos, colocando todo mundo confinado dentro das suas casas, fechando comércios, dando ordens que não está ao alcance dele. Hoje o governador de São Paulo não pode sair as ruas sozinho porque o povo quer lincha-lo.

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