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Imran Khan declara vitória nas eleições legislativas do Paquistão

worldeconomicforum / Flickr

O político paquistanês Imran Khan

O candidato Imran Khan, do partido Pakistan Tehreek-i-Insaf (PTI), que estava a liderar a contagem não-oficial e parcial de votos, declarou a vitória nas eleições e prometeu uma “nova” maneira de dirigir o Paquistão como primeiro-ministro.

O Pakistan Tehreek-i-Insaf (PTI) encontra-se a celebrar a vitória nas ruas do Paquistão desde quarta-feira, quando meios de comunicação lhe atribuíam a vantagem e a Comissão Eleitoral do Paquistão apresentava atrasos na contagem de votos, devidas a problemas técnicos no novo sistema de contagem.

De acordo com a contagem não-oficial fornecida por meios de comunicação paquistaneses, o antigo jogador de críquete Imran Khan conquistou 114 dos 272 lugares da Assembleia Nacional. “Estas eleições foram 100% justas e transparentes”, garantiu.

Os resultados de 47% das assembleias de voto indicam que o antigo primeiro-ministro, Nawaz Sharif, ganhou 64 lugares e o Partido Popular do Paquistão (PPP), liderado por Bilawal Bhutto-Zardari, 42, segundo as estimativas do diário Dawn.

Em contrapartida, o adversário Shahbaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), falou em manipulação de votos. “Recusamos os resultados”, proclamou em conferência de imprensa realizada em Lahore o presidente da PML-N e irmão de Nawaz Sharif.

O dirigente político denunciou que os seus representantes foram expulsos de assembleias eleitorais durante a contagem dos votos e que não chegaram a receber uma cópia da ata com o resultado final de cada local de voto.

O escrutínio realizou-se na quarta-feira no Paquistão, após uma tensa campanha eleitoral marcada por denúncias de fraude para favorecer o PTI pelos “poderes estabelecidos”, numa referência às poderosas forças armadas paquistanesas, que negaram qualquer interferência no processo eleitoral.

Pela segunda vez na história do país, as eleições realizam-se naturalmente depois de o governo civil completar o mandato de cinco anos.

Cerca de 105 milhões de eleitores estavam inscritos para participar no escrutínio, realizado após uma campanha eleitoral em clima de instabilidade política e económica, crescentes conflitos religiosos e a ameaça do terrorismo.

Cerca de 800 mil militares e polícias foram destacados para garantir a segurança, sem conseguirem impedir alguns ataques contra o escrutínio. O Estado Islâmico reivindicou o ataque conduzido por um bombista suicida perto de uma assembleia de voto na cidade de Quetta, que causou pelo menos 31 mortos e 70 feridos.

ZAP // Lusa

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