Ministério da Defesa britânico revela que taxas de juro na Rússia estão “apenas” nos 21%; inflação continua muito alta.
A nível oficial, a economia da Rússia está boa e recomenda-se.
O Kremlin garante estabilidade e até diz que a guerra na Ucrânia impulsionou o mercado nacional, a indústria nacional, após tantas sanções de outros países e de tantos mercados fechados.
No entanto, a realidade pode não ser bem assim. A inflação coloca em preços recorde bens essenciais como leite, batatas e manteiga, enquanto o mercado imobiliário passa por maiores dificuldades devido ao aumento das taxas de juro das hipotecas.
Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, o Banco Central Russo (CBR) continua centrado na prioridade: combate à inflação muito alta.
Enquanto falta mão-de-obra e o Governo está a gastar mais do que até 2022 (por motivos lógicos), as taxas de juro não ajudam: estão “apenas” nos 21% – algo que tem multiplicado críticas entre empresários russos.
Como consequência, a moeda nacional, o rublo, foi até desvalorizada. “É uma tentativa desesperada de recuperar o equilíbrio da economia”, escrevem os britânicos, que associam esta queda às sanções ao banco Gazprombank.
Estes números, tornados públicos por uma fonte considerada fiável, foram um “golpe” para Vladimir Putin, presidente da Rússia, lê-se no HuffPost.
No entanto, há pouco menos de meio ano, um estudo realizado para o Governo da Alemanha indicou que as sanções à Rússia tiveram pouco impacto na guerra da Ucrânia e que a economia da Rússia até estará a crescer graças ao “boom da defesa”.
Guerra na Ucrânia
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