A IKEA quer devolver 500 mil euros em apoios aos cofres públicos e já está em contacto com o Governo português para devolver os apoios recebidos durante a pandemia da covid-19.
Ao abrigo do regime de lay-off simplificado devido a quebras de faturação superiores a 40% por ter sido obrigada a fechar cinco lojas em Portugal, a empresa sueca IKEA recebeu 500 mil euros em apoios.
Agora, a empresa quer devolver este dinheiro aos cofres públicos, de acordo com o Jornal Económico. “Atualmente estamos numa fase em que nos sentimos muito mais otimistas em relação à retoma, pelo facto de termos já todas as lojas a operar. Numa altura em que temos capacidade para suportar esta perda, vamos fazê-lo com os nossos recursos”, disse Cláudia Domingues, diretora de comunicação da Ikea Portugal, em entrevista ao Jornal Económico.
Como muitas empresas em Portugal, a IKEA foi obrigada a fechar as portas devido à pandemia de covid-19 e teve cerca de 50% dos seus trabalhadores em lay-off entre 12 de abril e 13 de maio.
“Nos nove países em que houve apoios estatais, temos a intenção de devolver os apoios e estamos a discutir com os governos como é que isto se faz, até por até porque não há histórico, não há um manual para fazer isto”, afirmou Cláudia Domingues.
A empresa está em “conversações com o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no sentido de avaliar a melhor forma de efetuar esta devolução”. A IKEA afirmou que os “moldes da devolução do apoio financeiro ainda não estão definidos”.
A empresa também iniciou conversações com a Bélgica, Croácia, República Checa, Irlanda, Roménia, Sérvia, Espanha e Estados Unidos.
Não estamos de facto habituados a lidar com tanta honestidade. A maior parte dos patrões, que até são liberais e contra o estado, quando lhes convém tiram todo o partido dele!! Se acontece, como no caso do Ikea, terem capacidade de devolverem as ajudas só forçados o fariam!!
Pois, a maioria dos patrões não arranjou um qualquer tacho. Teve antes de criar o seu próprio trabalho, por mérito próprio.
A maioria dos patrões não não tem qualquer “mesada” garantida, só porque sim e mesmo em produzir qualquer coisa.
A maioria dos patrões, para receber alguma coisa, tem de prestar um serviço ou vender algum bem a alguém que esteja disposto a pagar por ele e que ache que o preço a pagar é um preço justo.
A maioria dos patrões, mesmo neste cenário de crise, não teve qualquer apoio (ainda há poucos minutos o presidente da república vetou a lei que propunha apoiar os gerentes e empresários em nome individual), mas o dinheiro dos seus impostos já permitiu ajudar muita gente, onde se contam muitos funcionários públicos que desde o primeiro dia estão em casa (ou onde lhes apetecer), a gozar umas autênticas férias e sem trabalhar, mas a receber a 100%.