IA vai ajudar a procurar extraterrestres nos céus (e até se inspira em Doctor Who)

Domine et a., Sensors, 2025

Não é um filme de ficção científica — é ciência. Uma nova câmara de infravermelhos vai explorar os céus que nos rodeiam e espera fazer descobertas que sejam fora deste mundo (literalmente).

“O Projeto Galileo está a operar um observatório de todo o céu na Universidade de Harvard”. Assim anunciou o professor Avi Loeb à Universe Today.

“Muitas vezes, os dados do governo dos EUA são classificados, quer porque foram recolhidos por sensores classificados, quer porque não são totalmente compreendidos e podem ser potencialmente relevantes para a segurança nacional. Em caso de dúvida, os dados não são divulgados ao público ou à comunidade científica. No entanto, o céu não é secreto“, continua o investigador.

E é por isso que a Universidade de Harvard está a desenvolver uma nova máquina de infravermelhos que, com recurso a inteligência artificial, vai procurar sinais de objetos não identificados.

Os investigadores prometem aidnaque estão “a construir dois outros observatórios na Pensilvânia e no Nevada que estão à procura de objetos anómalos nas bandas de infravermelhos, ótica, rádio e áudio”. Estes observatórios detetam cerca de 100.000 objetos por mês cada um. O software baseia-se num modelo You Only Look Once (YOLO) para a deteção de objetos e num algoritmo Simple Online and Realtime Tracking (SORT) para a reconstrução de trajetórias.

E o nome do engenho até homenageia a série de ficção científica “Doctor Who”, que se estreou em 1963  e conta já com 26 temporadas — já um clássico entre fãs do género. A máquina vai chamar-se “Dalek”, já que é fisicamente bastante parecida com os daleks, a raça de mutantes extraterrestres da série.

“Nos primeiros cinco meses de utilização dos dados referidos neste documento, estudámos meio milhão de objetos e avaliámos a nossa capacidade de os classificar sem informação sobre a distância”, explica o investigador.

E no futuro dizem querer “medir as distâncias dos objetos com base na triangulação de vários detetores espaçados em cada observatório. Isto permitir-nos-á determinar a velocidade e a aceleração de vários tipos de objetos e identificar claramente os anómalos”.

ZAP //

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