Huawei: Comissão Europeia elogia Portugal por restrições nas redes 5G

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A Comissão Europeia louvou hoje as conclusões das autoridades portuguesas sobre o risco para segurança de alguns equipamentos 5G, que podem resultar em exclusão ou aplicação de restrições a fornecedores, vincando que “ameaças não têm lugar na Europa”.

“Louvo o Conselho Superior de Cibersegurança de Portugal pela sua decisão ponderada de implementar o conjunto de ferramentas de segurança 5G da UE”, reagiu a vice-presidente executiva do executivo comunitário com a pasta do Digital, Margrethe Vestager, numa publicação rede social Twitter.

Partilhando uma notícia de um jornal português sobre a possível exclusão portuguesa da Huawei das redes móveis de quinta geração (5G), Margrethe Vestager salientou que “as ameaças não têm lugar e não dissuadirão a Europa de tomar medidas legítimas para proteger as suas infraestruturas críticas”.

Esta é a primeira reação europeia à deliberação divulgada na semana passada pela Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da UE, NATO ou OCDE.

Tal risco é baseado no receio de que “o ordenamento jurídico do país em que está domiciliado” ou ligado “permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades a operar em países terceiros”.

A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas o certo é que o caso da Huawei surge na memória, nomeadamente porque a tecnológica chinesa foi banida das redes 5G em outros países, entre os quais o Reino Unido e a Suécia.

De acordo com o Jornal de Negócios, a China ficou surpreendida com a “dura deliberação” do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço e está disposta a usar a sua influência em algumas das maiores empresas portuguesas para pressionar Portugal a recuar na decisão de afastar a Huawei do projeto da rede 5G.

Cabe à Anacom cumprir a deliberação.

Em janeiro de 2020, a Comissão Europeia aconselhou os Estados-membros da União Europeia (UE) a aplicarem “restrições relevantes” aos fornecedores considerados de “alto risco” nas redes 5G, incluindo a exclusão dos seus mercados para evitar riscos “críticos”.

Esta foi uma orientação divulgada na altura com recomendações para os Estados-membros implementarem para mitigar possíveis ciberataques, ações de espionagem ou outro tipo de problemas relacionados com o desenvolvimento desta nova tecnologia.

Na altura, o executivo comunitário garantiu que estas ações “não têm como alvo nenhum fornecedor ou país em particular”, mas certo é que a fabricante chinesa Huawei tem estado desde então no centro de polémica por alegada espionagem em equipamentos 5G, o que a tecnológica tem vindo a rejeitar, reiterando a falta de provas.

A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China.

ZAP // Lusa

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12 Comments

  1. Os chineses estão no patamar mais elevado da ciência. Nós continuamos a ir à bruxa…Ainda acabamos por ser tratados pelos chineses da mesma maneira que nós os tratávamos há uns séculos …

  2. A rede mais evoluída tecnologicamente e de melhor preço está a ser excluída do 5G em toda a Europa por ordem do tio Sam que quer vender a sua tecnologia obsoleta e caríssima. ” Os chineses vão nos expiar e tal e coisa e tal, e os Americanos não nos espiam?, quem é que tinha o telefone da Merkel sobre escuta?

    • Não é equipamento mais evoluído do que o produzido pela Ericsson ou pela Nokia Networks.

      Se já foi irracional deslocalizar quase toda a produção para a China, deslocalizar toda a inovação tecnológica seria a cereja no topo de um bolo… decadente.

  3. Acho muito bem que se dê preferência a tecnologia de empresas europeias. Essas empresas têm maior probabilidade de empregar engenheiros portugueses. Além disso pagam mais impostos na UE, e é a UE que nos dá subsídios, não é a China. E não estou a ironizar.

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