Huacachina não é miragem: está localizada em torno de uma lagoa, rodeada de vegetação, no meio do deserto mais seco do mundo. A cidade, que se ergue nas maiores dunas de areia da América do Sul, é o único oásis natural do continente.
De acordo com o SciTechDaily, Huacachina localiza-se no sudoeste do Peru, na orla do deserto do Atacama, a cerca de cinco quilómetros de Ica. O nome cidade em quíchua pode ser traduzido como “a mulher que chora” e há vários de origem mitológica relacionados com esta cidade.
Um deles conta que Huacachina era o nome de uma princesa inca que ficou de luto pela perda do seu amante. Segundo a lenda, terão sido as suas lágrimas que criaram a lagoa. Dias após a perda, um guerreiro viu a princesa, que correu para a água para se esconder durante várias horas. Quando tentou sair, transformou-se numa sereia.
Outra história mitológica versa sobre a princesa que, desta vez, segurava um espelho quando um guerreiro a viu. Depois de ter fugido, assustada, o espelho caiu ao chão e partiu-se. O vidro acabou por se transformar num pequeno lago no deserto e a princesa numa sereia.
O oásis é, na verdade, formado pela água de aquíferos subterrâneos que penetra na areia e ajuda a promover o crescimento de palmeiras, eucaliptos e alfarrobeiras à volta da lagoa, cercada por empresas, hotéis e restaurantes.
As dunas atingem várias centenas de metros, sendo tão altas quanto pequenas montanhas. Esta características torna-as verdadeiras atrações para os entusiastas do sandboard. Os turistas podem também passear de buggy pelas dunas ou dar um passeio a pé, embora a areia torne as caminhadas muito cansativas.
Esta cidade-oásis, muito apreciada pelos turistas, tem uma população fixa de cerca de 100 habitantes. Nos últimos anos, os níveis de água da lagoa diminuíram devido à perfuração de poços e ao aumento da evaporação durante os verões quente, o que levou a cidade a “alimentar” a lagoa com água de fontes externas.