O Governo de Hong Kong vai oferecer uma subvençãode 10.000 dólares do país (equivalente a cerca de 1.143 euros) a todos os seus habitantes com mais de 18 anos.
De acordo com o jornal Público, que cita a agência chinesa Xinhua, a medida que deverá custar cerca de 8,1 mil milhões de euros e beneficiar cerca de sete milhões de pessoas, tem como objetivo incentivar o consumo local e aliviar a carga financeira.
Segundo o site do Governo de Hong Kong, a ajuda pode ser solicitada a partir de 21 de junho e acabará a 31 de dezembro de 2021.
Em fevereiro, Paul Chan, responsável das Finanças do país, entregou o orçamento anual, anunciando uma série de medidas no valor de mais 120 mil milhões de dólares de Hong Kong (13,7 mil milhões de euros) para fazer face a uma situação económica difícil.
A economia de Hong Kong contraiu 8,9% no primeiro trimestre de 2020 devido ao impacto da pandemia, o maior declínio trimestral desde 1974. Este valor aprofundou a recessão técnica iniciada no ano passado, após uma série de quedas de 2,8 e 3% nos dois últimos trimestres de 2019. No segundo semestre de 2019, a economia foi afetada pelos contínuos protestos pró-democracia.
De acordo com a agência EFE, Hong Kong já tinha adotado uma medida semelhante em 2011, para atenuar a crise financeira e concedeu ajuda até seis mil dólares de Hong Kong (685 euros) por pessoa aos residentes da antiga colónia britânica.
Os protestos em Hong Kong continuam, embora em menor escala. Na semana passada, evocando razões de saúde pública, as autoridades de Hong Kong proibiram a vigília de quinta-feira que visava assinalar o 31.º aniversário do massacre de Tiananmen. No entanto, milhares de residentes ignoraram a proibição.
Recentemente, o Congresso Nacional do Povo aprovou a lei de segurança, segundo a qual as manifestações serão consideradas atos de subversão do poder do Estado, podendo configurar a prática de terrorismo.
Não são “dólares do país”; são dólares de Hong Kong!
E claro que distribuir milhões numa altura de protestos é apenas pura coincidência!…