O funeral do antigo Presidente da República Jorge Sampaio realiza-se hoje em Lisboa, antecedido de uma sessão evocativa nos Jerónimos que reunirá cerca de 300 pessoas e poderá ser acompanhada no exterior através de um écrã gigante.
O carro funerário transportando o corpo do antigo Presidente da República Jorge Sampaio para o Mosteiro dos Jerónimos iniciou o seu percurso às 10:00. A caminho dos Jerónimos, o cortejo fúnebre parou brevemente em frente ao Palácio de Belém, residência oficial dos chefes de Estado, cargo que Sampaio ocupou entre 1996 e 2006.
A cerimónia, que começa às 11:00, reúne cerca de 300 pessoas, número que corresponde a 75% do total da capacidade, seguindo as regras da Direção-Geral da Saúde, devido ao contexto de pandemia.
As mais altas figuras do Estado, família, amigos próximos, deputados e delegações estrangeiras, bem como o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa ocuparão os lugares disponíveis, havendo, do lado de fora do mosteiro, um écrã gigante para que a população possa acompanhar a homenagem.
Além dos discursos das três primeiras figuras do Estado, Presidente da República, presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro, estão previstas breves intervenções dos dois filhos do ex-chefe de Estado, Vera e André Sampaio, e a atriz Maria do Céu Guerra lerá um poema de Jorge de Sena – “Uma pequenina luz”.
Entre as personalidades que marcam presença na última homenagem a Jorge Sampaio, que terminapelas 13:00, encontram-se o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o Rei de Espanha, Filipe VI, que será acompanhado por um membro do Governo espanhol, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, o presidente do parlamento de Timor-Leste, Aniceto Guterres Lopes, e representantes de todos os Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A cerimónia começa com o Hino Nacional, seguindo-se a passagem de um excerto do discurso da tomada de posse de Jorge Sampaio como Presidente da República, no parlamento, em 9 de março de 1996, e da intervenção do ex-Presidente na CNN sobre Timor-Leste, em 10 de dezembro de 1996, que foi um marco importante no processo de auto-determimação daquele país.
A sessão prossegue com mensagens do ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri e do ex-Presidente da República José Ramos Horta, seguindo-se um momento musical gravado sábado em Timor pelo coro da escola portuguesa de Díli, interpretando “Ai Timor”, dos Trovante.
No final, o cortejo fúnebre segue para o Cemitério do Alto de São João com escolta de honra pela Avenida da Índia, Avenida 24 de Julho, Avenida da Ribeira das Naus, Praça do Comércio – momento em que cinco caças F-16 sobrevoam o local – Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mouzinho de Albuquerque, Praça Paiva Couceiro e Rua Morais Soares.
A chegada do cortejo fúnebre ao Cemitério do Alto de São João está prevista para as 13:30 e aí a população poderá prestar um último tributo a Jorge Sampaio.
No cemitério, uma homenagem prestada por militares dos três ramos das Forças Armadas marcará o final das honras fúnebres oficiais, seguindo-se uma cerimónia reservada à família do antigo Presidente.
Este sábado, personalidades da vida política, mas também de outras áreas, foram prestar a última homenagem a Jorge Sampaio, primeiro na Praça do Município, e depois, no velório, em Belém, a partir das 12:30.
O ex-primeiro-ministro e ex-líder socialista, atual secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o ex-presidente da República Ramalho Eanes, e os líderes do PCP, do BE, do CDS-PP, do PAN, foram algumas das personalidades que marcaram presença no velório de Jorge Sampaio.
Também os ex-primeiro-ministros Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes, a ex-presidente da Assembleia da República Assunção Esteves, o Nobel da Paz e antigo bispo de Dilí Ximenes Belo marcaram presença.
Depois de uma fraca adesão durante a hora do almoço, a fila junto ao antigo picadeiro real, com a generalidade das pessoas a usar máscara, começou a aumentar por volta das 16:00, chegando junto ao Museu da Presidência.
O primeiro momento de homenagem pública a Jorge Sampaio, que foi presidente da Câmara de Lisboa entre 1990 e 1995, decorreu na Praça do Município, com um aplauso de vários minutos por dezenas de pessoas que se foram juntando no local.
Palavras como “dignidade”, “humanismo”, “respeito pelos outros” e “grande democrata” foram repetidas pelas diversas pessoas com quem a Lusa falou na Praça do Município.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República e cerimónias fúnebres de Estado.
// Lusa
Se fez coisas erradas digam lá meus senhores o que foi . Depois de tanto discurso com tantos elogios é bom que as pessoas saibam o que ele fez de errado.
Ora aí está. Mas há muito mais. A ideologia MES também interveio em casos importantes da Nação que acabaram por prejudicar e bastante.