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Homem que organizava excursões na Califórnia era um espião chinês

Xuehua Edward Peng, um chinês naturalizado norte-americano, era, supostamente, um homem completamente normal. Organizava excursões nos Estados Unidos para estudantes e turistas chineses.

Mas não era bem assim, como conta o Expresso. Nos Estados Unidos, era conhecido como Edward e tinha 56 anos. Mas, na verdade, trabalhava como agente infiltrado da China em território norte-americano, passando informações confidenciais relativas a segurança nacional a autoridades do país asiático.

A detenção ocorreu na sexta-feira e o anúncio aconteceu na segunda-feira, através do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, de acordo com o jornal britânico The Guardian. Peng recorria a estratagemas antigos de espionagem mas também usava tecnologia moderna.

O procurador David L. Anderson revelou que se trata de uma prova dos “esforços secretos” por parte da República Popular da China para garantir informações confidenciais sobre os Estados Unidos.

Xuehua Edward Peng esteve em hotéis na Califórnia e Geórgia, onde recolheu material digital, como cartões de memória com a informação confidencial, segundo relata a NBC News. No seu lugar, Peng deixou, em diferentes ocasiões, quase 65 mil euros, de acordo com a acusação.

Christopher Wray, o diretor do FBI, diz que a China representa, quando falamos em inteligência e serviços secretos, a maior ameaça de todas para os Estados Unidos, acrescentando que é uma ameaça ainda maior do que a Rússia.

O FBI não revelou pormenores sobre a missão de Peng. Mas, para apanhá-lo, montou uma armadilha, com um agente duplo, em 2015. Peng andou a trocar correspondência, segredos de Estado e dinheiro com um agente do FBI.

Em seis ocasiões, o espião chinês e organizador de excursões turísticas reservou um quarto de hotel. O contacto dele, que era um agente norte-americano, ia buscar a chave e faziam a troca sem se encontrarem. Peng voava para Pequim e entregava o que recebia ao ministro com a tutela da segurança da China.

Xuehua Edward Peng está detido pela justiça norte-americana, podendo ser condenado a uma pena até de 10 anos de prisão e uma multa de 230 mil euros.

ZAP //

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