Hoje é “feriadinho”? Passos Coelho é a surpresa da campanha da AD

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Luís Forra / LUSA

O presidente do PSD, Luís Montenegro (D), com o antigo líder do partido, Pedro Passos Coelho (E) [2022]

O antigo líder do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho vai estar lado a lado com Luís Montenegro na campanha da Aliança Democrática (AD) para as eleições legislativas. Afinal, não foi preciso feriado nenhum.

Esta segunda-feira de manhã, os partidos com assento parlamentar (exceto o Chega que recusou o convite) estiveram em debate nas rádios Antena 1, TSF, Renascença e Observador.

Questionado sobre se o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho iria fazer parte da campanha da AD ou se iria estar a dar aulas, como havia sugerido, Luís Montenegro deixou em aberto, respondendo apenas que “logo vemos…”.

E o líder da AD estava a falar a sério: foi mesmo “logo” que vimos. Durante a tarde, Luís Montenegro “tirou o Coelho da cartola” e anunciou a presença do antigo líder do partido (entre 2010 e 2018) na campanha.

Naquele momento do debate, por trás, entre risos e num tom irónico, ouviu-se o secretário-geral do PCP Paulo Raimundo: “Pode ser que haja um feriadinho e não haja aulas”, sugerindo, então, que Passos Coelho pudesse estar na campanha.

“Feriadinho” ou não, Passos Coelho vai já marcar presença no comício da coligação, desta segunda-feira à noite, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Faro – anunciou Luís Montenegro, aos jornalistas, no final de uma visita a uma herdade agrícola em Beja.

“Dentro deste trabalho tranquilo de campanha eleitoral, vimos falando com as pessoas, e vamos ter ocasião de ter connosco vários responsáveis, anteriores e do presente, do trabalho político dos partidos que compõem esta coligação, em particular do PSD. Quero convidar-vos a estarem mais logo no comício em Faro, onde teremos a participação do dr. Pedro Passos Coelho“, anunciou, citado pela agência Lusa.

Mas Montenegro voltou a deixar uma questão no ar. Quando questionado sobre o significado da participação de Passos Coelho na campanha , o líder do PSD voltou a responder: “Logo veremos…”.

Depois de uma primeira “surpresa”, o que reservará Montenegro para “logo”?

Miguel Esteves, ZAP //

4 Comments

  1. Ver esta triste figura arrepia-me, traz-me à memória tragédias que acompanhei com muita tristeza, durante o tempo em que desgraçou os portugueses.
    Era um seco, um cínico insensível, que chamava piegas a quem se lamentava e pedia ajuda, acusava os portugueses de serem culpados e merecedores do “castigo”, por terem vivido acima das suas possibilidades.
    Desemprego, despejos, familias destruídas, choro, desespero e, custa-me mais ainda recordá-lo, suicídios de quem não aguentou a vergonha de não ter o que por na mesa, onde os filhos se sentavam à espera da refeição.
    As pessoas tinham muita dificuldade em lidar com as suas carências, tinham vergonha, só quando aconteciam os trágicos desfechos, se conhecia a realidade que os precedia.
    Bada disto é invenção ou exagero, é fica ainda muito por dizer.
    Só quem não tem coração nem memória, ou não viveu esse tempo, mesmo que nada lhe tivesse faltado, pode aclamar este arremedo de gente, que já me tirou o apetite de jantar.
    Parem de desenterrar mortos, que só merecem repulsa. Com assombrações destas, só perdem ainda mais.

    Por favor, publiquem!
    Em nome da justiça… e da memória.

  2. O PSD , na Pessoa P.P. Coelho nunca foi uma surpresa , mas sim uma triste realidade , no entanto todos estes “atletas” de corrida ao Tacho , nenhum deles me convence en termos de solução para a melhoria das necessidades fundamentais do Povo Português !

  3. Ao ler os comentários anteriores, chego a uma conclusão!
    Determinar quem é o vilão e quem é o herói em situações políticas complexas pode depender muito da tendência politica ou interesses partidários.
    Algumas pessoas veem o governo que levou o país à falência como o vilão devido à sua má gestão e corrupção.
    Outras veem o governo sob influência da troika como o vilão porque para resolver a crise financeira e evitar uma catástrofe econômica ainda maior, implementou medidas de austeridade que afetaram negativamente a população.

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