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Os hipopótamos de Pablo Escobar começaram a ser esterilizados

O grupo de hipopótamos, mais uma parte do indesejado legado deixado na Colômbia pelo traficante de droga Pablo Escobar, está a ser esterilizado.

Quando o Cartel de Medellín estava no seu auge, Pablo Escobar gastou parte dos muitos milhões que possuía graças ao tráfico de droga num jardim zoológico privado, que tinha animais como rinocerontes, girafas, zebras e hipopótamos.

Em 1993, Escobar foi apanhado e morto pelas autoridades e, desde então, a maioria dos hipopótamos continuou a viver num campo perto da Hacienda Nápoles, a famosa propriedade do ‘rei’ do narcotráfico.

Em algumas décadas, os animais passaram de quatro para mais de 80 e uma equipa de investigadores já mostrou como a sua presença também está a fazer estragos nos ecossistemas aquáticos da Colômbia.

Agora, conta a BBC, o Governo colombiano está a levar a cabo um processo de esterilização, com um produto químico que os tornará inférteis, tendo sido esterilizados até ao momento 24 animais.

Na altura da morte de Escobar, a maioria dos animais do seu jardim zoológico privado foi realojada noutros zoos do país. Mas não os hipopótamos, não só pela logística complicada, mas também porque revelaram ser demasiado teimosos e agressivos.

“Era logisticamente difícil transportá-los, então as autoridades simplesmente deixaram-nos lá, provavelmente pensando que acabariam por morrer“, disse, no início deste ano, a bióloga colombiana Nataly Castelblanco à BBC.

De acordo com especialistas, os animais começaram a espalhar-se numa das principais vias navegáveis do país, o rio Magdalena. Com isso, os seus excrementos afundam no leito do rio e agem como um fertilizante potente, o que faz com que as algas e as bactérias da água cresçam. Isso não apenas drena a água de oxigénio e nutrientes importantes para outros organismos, como também pode resultar no aparecimento de algas prejudiciais.

Por outro lado, também há outros estudos que sugerem que estes animais também podem estar a ajudar o meio ambiente.

ZAP //

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