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Hércules, um veículo autónomo, entrega vegetais às famílias chinesas durante a quarentena

Nos últimos dois meses, os vegetais chegaram às costas de um robô. Foi assim que a população de 16 comunidades em Zibo, no leste da China, recebeu os produtos frescos nas suas casas.

O veículo não tripulado usa câmaras e algoritmos de Inteligência Artificial para fornecer uma alternativa “sem contacto” para entregas regulares de alimentação, ajudando assim a reduzir o risco de infeção. A van autónoma, batizada de Hércules, foi desenvolvida pela Unity Drive Innovation, ou UDI, uma startup sediada em Shenzhen, na China.

Esta empresa opera uma pequena frota destes veículos em Zibo, Suzhou e Shenzhen. Nestas cidades chinesas, e a meio de uma pandemia, o veículo entrega refeições, bens essenciais e recipientes para acondicionamento de refeições.

É como um Uber para pacotes: basta usar o telemóvel para ligar para um robô e este fornece posteriormente as caixas de que precisa”, explicou Mig Liu, co-fundador da UDI, citado pelo IEEE Spectrum.

O Hércules usa um computador de nível industrial que executa o Robot Operating System, ou ROS, e é equipado com um chassi drive-by-wire com motores elétricos alimentados por uma bateria de iões de lítio de 8,4 kWh.

Os sensores incluem um LiDAR principal, três auxiliares, uma câmara stereo, quatro câmaras olho de peixe, 16 sonares, sistemas de navegação por satélite redundantes, uma unidade de medida inercial (IMU) e dois codificadores de roda.

Através do 5G, um operador remoto recebe os dados de um veículo com apenas 10 milissegundos de atraso. Em Shenzhen, foi necessária intervenção humana depois de os robôs terem encontrado situações com as quais não sabiam lidar: muitos veículos na estrada ou falsas deteções de semáforos à noite.

Por questões de segurança, a UDI programou os veículos para circularem a baixas velocidades de até 30 quilómetros por hora, apesar de poderem atingir velocidades superiores. Liu contou que, em algumas ocasiões, os operadores remotos assumiram o controlo dos veículos por estarem a circular muito devagar, tornando-se um perigo na estrada.

A UDI quer ser a primeira empresa do mundo a alcançar a produção em massa destes veículos autónomos. Para isso, a startup já contratou 100 funcionários e prepara-se para colocar a sua linha de montagem a alta velocidade nos próximos meses.

ZAP //

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